Caminhava eu em uma estrada longa e bem comprida.
No início os empecilhos foram aparecendo, o primeiro como o meio fio de uma rua qualquer: só levantando o pé, consegui transpô-lo; conforme a vida foi passando, apareceu uma pequena barreira, um pouco maior que o meio fio, outra vez consegui transpor o obstáculo. A vida continuava e, outra vez, um transtorno apareceu, desta vez um muro de um metro de altura. Dei um pulo, apoiando no próprio muro, e consegui ultrapassá-lo. Cheguei do outro lado cansada e um pouco desanimada, pois ainda muito tinha que andar nesta estrada. Por alguns momentos fiquei desesperada, parecia que estava sozinha, com todas as responsabilidades em minhas costas, que pesava como chumbo. O desânimo tomou conta do meu corpo e da minha alma. Olhei para trás e percebi que, durante o caminho, havia perdido pessoas muito amadas e queridas, que ajudaram a me tornar uma pessoa melhor. Então o desespero aumentou e parei olhando para o céu. GRITEI: “Meu Deus, me abandonaste? Estou sozinha? !!!” No meu coração apareceu a dúvida da existência do poder maior: “DEUS”. Fiquei enferma do corpo e da alma. Olhava os dias escuros e sem saída, me sentindo amarrada, amordaçada e amargurada. Um belo dia apareceu um pedaço de papel em minha caixa de correio, anúncio de uma programação de rádio, onde havia orações e palavras carinhosas de paz e conforto para o nosso bem estar. Comecei a escutar, a orar mais; agradecer mais e mais, por tudo o que já havia conseguido e pelas boas e más experiências que apareciam em minha longa jornada. Meu coração foi se acalmando, minha saúde foi melhorando, minha mente se tornou mais tranquila e confiante e uma paz me envolveu. Mas ainda tinha a estrada para continuar, não podia parar, algumas pessoas dependiam de mim, pelo menos era o que eu pensava na época. A estrada foi se tornando mais clara pelo SOL DA VIDA e, de repente, quando menos esperava, outro muro apareceu no meio do caminho, desta vez mais alto ainda. Uma mão invisível apertou meu coração, pois achava que os transtornos haviam acabado. Pensei: “Como vou transpô-lo?” Tentei pular, mas o muro à minha frente era muito alto e não consegui. Tentei várias vezes e nada acontecia. Então procurei algo para me apoiar e atravessar esse maldito muro que havia aparecido para atrapalhar a minha tranquilidade, que havia sido conquistada com tanto esforço; mas infelizmente nada consegui, já estava irritada e muito cansada. Parei por breves minutos, respirei fundo, pensei: “Vou pedir ajuda. Alguém virá em meu auxílio.” Conversei com várias pessoas, para que elas me dissessem como eu poderia transpor o enorme obstáculo e cada uma das pessoas expunha os seus sucessos e seus fracassos. Fiquei confusa. Meu coração ficava a cada dia mais apertado e meus pensamentos mais confusos, não sabia o que fazer para superar mais este empecilho. Todas as pessoas davam sugestões de como eu poderia alcançar o sucesso desta jornada. Então orei, orei muito, pedindo a DEUS que eu tomasse a melhor decisão. E vieram os anjos enviados por DEUS, me pegaram no colo e voaram comigo até o outro lado do muro. Mais uma vez, havia conseguido transpor os paredões que apareceram no meio de minha longa estrada. Aprendi muito com isto, como: ter a paciência necessária para vencer os meus problemas pessoais; a pedir ajuda quando eu me sentia confusa e desorientada; a ter resignação e me conformar com as barreiras à minha frente, principalmente, a orar sempre e nunca desistir por mais enormes as muralhas da jornada. Agora sei que muitas vezes conseguimos transpor sozinhos as dificuldades, mas, em outras ocasiões, precisamos de muita ajuda mesmo, dependendo da altura do paredão que apareça à nossa frente. Aprendi também a sempre agradecer por tudo. A orar mais e nunca desistir no meio desta estrada. Ainda estou nesta caminhada, não cheguei ao final dela, mas tenho certeza, que, ao completá-la, encontrarei o que vim procurar.
Uma mensagem de conforto para as pessoas que se encontram na mesma situação que eu.
Obrigada por ter tido a paciência de ler minha experiência de vida e desejo a você uma feliz caminhada nesta estrada da vida. Da sua companheira de jornada, NININHA