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Respondendo ao leitor

Leitor - Rômulo Alves
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Peixinhos – Olinda – PE
23.11.12

desobInicialmente desejo um dia de conquista e glória moral e espiritual a todos, mas faço aqui duas
perguntas das quais acredito eu sejam oportunas, pois muitos outros podem ter ao menos
uma dessas duas duvidas, são elas:

1- Existem os médiuns de diversas naturezas, ou seja, os videntes, os psicógrafos, os de
audição, enfim diversos tipos, porém a maioria da população não enxerga nem sente os
espíritos, minha dúvida é e vice-versa como funciona, os espíritos nos vem, nos sentem ou tem
que ser "médium” para poder ter esse dom mesmo no mundo espiritual?

2- Muito se fala em nunca duvidarmos do amor de Deus por nós, pois ele nunca nos abandona,
mas se até Jesus se expressou da seguinte maneira “Pai, por que me abandonastes”?
Imaginemos nós que estamos muito longe de ser um espírito como Jesus.

Resposta ao leitor dada pelo nosso articulista professor José Carlos Leal

1ª Questão

Kardec diz que todos nós somos médiuns. Até aqui tudo bem, e a se acreditar nesta
informação, a mediunidade é uma faculdade humana, ou seja, de todos os homens e não
apenas de alguns. Acontece, porém, que alguns espíritos aceitam em uma encarnação exercer
a missão de médiuns e, para isso, têm, no plano espiritual, uma preparação pré-rencarnatória
cuja finalidade é, por assim dizer, treiná-los para a missão que irão executar. Esses médiuns,
embora missionários, nem sempre cumprem bem a sua missão. Em outros casos, os médiuns
missionários trabalham em consonância com o seu guia espiritual, caso de Emmanuel e Chico
Xavier ou Divaldo e Joanna, para que os médiuns não se desviem.

2ª Questão

Sim, os espíritos nos vêm e nos sentem e a maioria de nós não vê e nem sente os
espíritos. E por que isso acontece? Acontece porque a mediunidade é uma faculdade latente
na alma, mas precisa ser desenvolvida e muitas pessoas não a desenvolvem por razões como:

1) Medo dos espíritos, o que é um impedimento certo e sério para esse contato.

2) Crenças religiosas ou científicas arraigadas de que não existem espíritos e, se uma pessoa
tem esse tipo de crença, ela por sim dizer corta a comunicação possível. Para que haja uma
comunicação mediúnica é necessário o mínimo de interação entre o médium e o espírito,
ora se eu não creio que existam espíritos, não há a menor interação e o fenômeno fica
prejudicado.

3) Problemas de vidas passadas

Pode acontecer que um médium, em uma de suas existências passadas, possa ter se
valido da mediunidade em proveito próprio ou para fazer o mal. Na sua vida seguinte pode
ter a mediunidade "cassada" (até mesmo com a sua anuência durante o seu planejamento
reencarnatório) para que não incida nos mesmos erros que vinha cometendo. Este seria,
por exemplo, ocaso de grandes iniciados de antigas culturas, poderosos médiuns dos
templos egípcios ou dos mistérios délficos que se perderam na prática da magia negra. Tal
é o comprometimento destes médiuns com o mal que permitir que continuem com as suas
faculdades livres seria perigoso para os outros e para ele mesmo.

4) Falta de interesse pelo progresso espiritual

Existem pessoas que não gostam de estudar e são, intelectualmente, acomodadas ou
mesmo preguiçosas. No campo da moral, são inteiramente descompromissadas, gostam de
viver a vida e muitas delas confundem gozar a vida com gastar a vida. Tais pessoas, quando são
informadas de que a mediunidade exige estudo e transformações morais, dão as costas a ela
sob os pretextos mais fúteis e assim não a desenvolvem.

Resposta à questão evangélica

De fato, causa certo incômodo ao cristão imaginar que um espírito da evolução do
Cristo, possa, na hora de dar o seu testemunho maior, ter dito as palavras “Pai, por que me
abandonaste?”. A primeira resposta a esta questão é a de que Jesus jamais disse tal coisa,
pois nos evangelhos existem muitas passagens sobre coisas que Jesus disse e fez e que ele,
muito provavelmente, não disse nem fez. Mas se admitirmos que a passagem seja autêntica,
existe outra resposta. Os judeus, quando estavam prestes a desencarnar, costumavam fazer
uma prece encomendando-se a Deus e Jesus, sendo Judeu, conhecia muito bem esta prática.
Quando sentiu que ia partir, iniciou o salmo XXII (22), que inicia com uma queixa e termina
com uma exaltação, contudo Jesus só teve tempo de dar inicio ao salmo, ou seja, a sua parte
queixosa. E mais, como se trata de um salmo, não se pode admitir que ele expressasse as
palavras ou o pensamento de Jesus, mas do salmista.
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