O jornal Correio Espírita, desde o ano passado, vem oportunizando artigos através da nossa articulista Sonia Hoffmann, que é portadora de deficiência visual. A cada edição, aborda assuntos interessantes sobre a acessibilidade de pessoas portadoraes de deficiência física.
Em setembro comemoram-se muitos eventos da comunidade surda, voltados para a conscientização sobre o problema da acessibilidade e também sobre as vitórias obtidas ao longo de muitos anos. Muito comum encontrar vários espetáculos culturais acessíveis sobre a surdez, bem como, nesse período do ano, ocorrem congressos sobre a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Afinal, por que a cor azul?
Durante a Segunda Guerra Mundial, os nazistas identificavam as pessoas com deficiência com uma faixa azul no braço, por considerá-las inferiores. E os surdos também eram obrigados a usá-la. Com o fim da guerra e o passar dos anos, a cor passou a simbolizar ao mesmo tempo a opressão enfrentada pelos surdos e o orgulho da identidade surda.
Entretanto, as barreiras ainda continuam. As escolas e universidades, com raríssimas exceções, contratam intérpretes de Libras para seus alunos, assim como as empresas de um modo em geral.
A deficiência se estende também pelas redes sociais, nos sites da internet, que estão off-line para os deficientes surdos. Podemos incluir neste contexto também as Casas Espíritas: ainda não estão preparadas para receber os surdos.
Importante frisar que a promoção de acessibilidade da pessoa surda permite que ela tenha conhecimento e informações sobre a doutrina espírita, potencializando lhe assim a oportunidade de desenvolver a sua evolução espiritual.
Em especial, dedicamos nosso editorial a todos os surdos com quem muito aprendemos.