- Edison Veiga
- De Bled (Eslovênia) para a BBC News Brasil

Chico em entrevista para o programa Pinga-Fogo, da extinta TV Tupi, em 1971
Crédito, Arquivo CB/D.A Press
Para os céticos, uma coincidência; para os que acreditam, mais uma prova das capacidades do médium — Xavier morreu exatamente há 20 anos, no mesmo domingo em que o Brasil venceu a Alemanha na final da Copa do Mundo e conquistou o sonhado pentacampeonato.
Ele tinha 92 anos e era uma personalidade amplamente conhecida no país. O filho de um vendedor de bilhetes de loteria e de uma lavadeira, ambos analfabetos, havia se tornado o maior médium brasileiro, tendo escrito mais de 10 mil cartas psicografadas e se consolidado como dono de uma obra de mais de 450 livros — cuja autoria sempre foi atribuída a espíritos. No total, vendeu cerca de 50 milhões de exemplares.
Nascido em Pedro Leopoldo, pequeno município na região metropolitana de Belo Horizonte, Xavier alcançou a notoriedade com a publicação de seu primeiro livro — embora fenômenos mediúnicos já fizessem parte de sua vida desde a tenra idade.
Em 1932, quando ele ganhava a vida como vendedor e tecelão e costumava publicar poesias em jornais — sempre atribuindo os textos a autores mortos —, ele lançou a antologia Parnaso de Além-Túmulo, uma coletânea de 60 poemas, assinados por nove poetas brasileiros, quatro portugueses e um anônimo.
Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-61975677