Aprendi com a Psicologia profunda de Jung, e no estudo da Doutrina Espírita, que o ego é um mau conselheiro. O egoísta é todo aquele que procura diuturnamente autoafirmação dos seus próprios pensamentos e atos, não abre espaço para possíveis correções e menos ainda para mudanças. Acredita que somente “ele” está do lado certo da questão.
Para o egoísta, aceitar os enganos significa perder o poder, o controle o espaço, falhar, dar razão a outrem, é diminuir-se. O que desencadeia uma profunda frustração. E para que isso não ocorra, multiplica os mecanismos de fuga da realidade, fortalecendo-se nas bengalas do autoconvencimento que a razão está a seu favor. Bloqueia toda e qualquer circunstância que sugere mudança de hábitos, costumes e principalmente de valores. Insiste em repetir padrões de comportamento aprendidos nessa ou em outras vivências que possa lhe trazer segurança. É provável que, para manter essa linha de comportamento, dê trabalho e seja deveras desgastante. Imaginem ter que transportar vida afora esta carga emocional!