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Sobre o autor

Ângela Delou

Ângela Delou

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Isabel nasceu na cidade de Saragoça, na Espanha, no ano de 1270 e desencarnou em Portugal, no dia 4 de julho de 1336. Filha de D. Pedro II de Aragão, casou-se com Dom Dinis, o sexto rei de Portugal.

Isabel e as obras de caridade:

Conhecida pelas obras de caridade, a rainha Isabel é venerada pelos portugueses e lembrada também pelas suas inúmeras virtudes. Amava os pobres e buscava tratá-los do mesmo modo como tratava os seus reais familiares.  Quando saía para os seus “passeios” era seguida por eles; indigentes, doentes, famintos, enfim, toda sorte de necessitados a quem amparava como irmãos.

Fundou hospitais em Leiria, Santarém e Coimbra e mandou construir e reformar conventos. Ajudava as moças pobres por ocasião do casamento, providenciando os recursos financeiros necessários. Quanto aos rapazes pobres custeava seus estudos. Dessa forma amparava as famílias necessitadas. Tornou-se conhecida como “mãe da pátria”.

Beatificada em 1516 e canonizada em 1625 pelo papa Urbano VIII, a eterna rainha  é respeitada  pelo Movimento Espírita Português e há livros e mensagens espirituais atribuídos a “Santa Isabel”. É o que nos diz Cesar Perri de Carvalho, diretor da Federação Espírita Brasileira, em matéria publicada na Revista Internacional do Espiritismo, de outubro de 1997.

A pacificadora:

Conta-se que, certa vez, Isabel de maneira destemida avançou pelo campo de batalha, em meio aos soldados, não permitindo a luta entre D.Dinis e seu irmão D. Afonso. Assim conseguiu estabelecer a paz. Isto aconteceu em Alvalade.

Mais tarde conseguiu também o entendimento entre o marido e seu próprio filho, que mais tarde foi coroado como Afonso IV. Recebeu a rainha o apelido de “anjo da paz”.

A maternidade sublimada:

Isabel teve dois filhos: Constância, futura rainha de Castela e Afonso, herdeiro do trono de Portugal. Entretanto, das numerosas aventuras do rei D. Dinis, nasceram filhos ilegítimos, que Isabel criou como se fossem seus, reservando a eles o mesmo carinho e dedicação.

Vida religiosa:

Após a desencarnação de seu marido, Isabel dedicou-se inteiramente às obras assistenciais que havia fundado. Passou a usar o hábito de franciscana, optando pela pobreza voluntária, após doar todos os seus bens pessoais a hospitais e conventos.

O “milagre das rosas”:

Sua vida está marcada pelas nobres ações em favor do próximo. Muitas curas e “milagres” foram atribuídos a Isabel. Mas, o fato mais conhecido é o chamado “milagre das rosas”. Fenômeno de efeitos físicos que transforma moedas em rosas frescas e perfumadas, no período de inverno europeu.

A rainha costumava distribuir moedas de prata aos pobres, o que não era bem visto pela corte, pois seus adversários alegavam que Isabel desperdiçava o dinheiro público. Certa vez, ao retornar ao castelo foi surpreendida pelo marido, o rei Dom Dinis, com a pergunta: “O que levas aí, senhora?” Ao que Isabel responde: “Levo rosas, meu senhor, rosas...” E, ao abrir o manto não apareceram as moedas, e sim lindas rosas vermelhas.

O encontro entre Isabel e Chico Xavier:

O jornal A Folha Espírita, de julho de 2000 publica matéria a respeito desse encontro entre o exemplar médium Chico Xavier e o iluminado espírito feminino, que se identifica como Isabel de Aragão.

Chico era muito jovem ainda quando à noite, ao fazer suas orações, vê seu quarto  se iluminar de uma intensa luz prateada lilás. De joelhos, conforme seu hábito católico, viu uma senhora que irradiava a luz que clareava o pequeno cômodo. Tentou levantar-se mas não conseguiu. Com grande emoção ouviu o pedido daquele espírito belíssimo que vinha pedir o “seu auxílio em favor dos pobres, nossos irmãos”. As lágrimas cobriam o rosto do querido Chico. Ele, na sua simplicidade, nunca havia ouvido falar de Isabel de Aragão e, respeitosamente, perguntou:

- Senhora, sou pobre, como posso auxiliar os mais pobres?

- Repartindo pão com os necessitados, ela respondeu.

E Chico insistiu:

-Mas quase sempre não tenho pão para mim, como posso repartir com os outros?

-Os recursos, para a realização da tarefa, virão mais tarde, esclareceu a nobre entidade.

Este fato aconteceu em 1927. Na semana seguinte, no dia de sábado, Chico foi com a irmã a um local muito pobre, na cidade de Pedro Leopoldo, Minas Gerais, levando um cesto contendo apenas oito pães. Ali, junto aos irmãos mais pobres, iniciou o trabalho de repartir os pães. O serviço de assistência nunca foi interrompido. A distribuição era semanal. Depois, juntaram-se ao Chico outros companheiros, para a distribuição dos pães, atendendo ao pedido de uma rainha; rainha da caridade e do amor ao próximo. Exemplo que merece ser lembrado e multiplicado para registrarmos figuras femininas beneméritas que marcam para sempre a história da humanidade: Isabel de Portugal, a “rainha santa”.

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