
Essa é a luta de muitos profissionais e voluntários comprometidos com a redução da desnutrição e da mortalidade infantil através do aumento do aleitamento materno.
Contexto histórico
O leite humano é muito importante para a saúde do bebê. As egípcias amamentavam os filhos até os 3 anos de idade.
Em carta ao Rei de Portugal, Pero Vaz de Caminha relata que as índias amamentavam seus filhos no peito; esse costume era considerado, na Europa, um “ato indigno” para uma dama.
Por volta de 1870 surge o leite em pó, e com ele as campanhas incentivando o seu uso, apontado como o melhor alimento para o bebê. Após a Segunda Guerra Mundial, com a entrada das mulheres no mercado de trabalho, aliado à questão da estética feminina, os países considerados desenvolvidos foram deixando de lado a prática da amamentação.
Brasil, referência no aleitamento materno
A revista inglesa Lancet, especializada em assuntos da área de saúde, publicou em março estudo que mostra o Brasil como referência em aleitamento materno, na frente de países como a China, Reino Unido e Estados Unidos. O levantamento analisou dados de 153 países.
A publicação destacou também a regulamentação da Lei nº 11.265, conhecida como “lei da amamentação”, em novembro de 2015, que limitou a comercialização de substitutos do leite materno. A referida lei também sistematizou a certificação dos hospitais “Amigos da Criança”, assegurando padrões de qualidade e capacitando profissionais de saúde para o incentivo ao aleitamento materno.
O pediatra e coordenador do estudo, César Victora, apresentou os seguintes dados: na década de 70 as crianças brasileiras eram amamentadas por um período, em média, de 2 meses e meio. Em 2006, o número subiu para 14 meses. Na década de 80 apenas 2% das crianças brasileiras recebiam até 6 meses de idade, exclusivamente, o leite materno. Em 2006 o índice passou para 39%.
O Brasil foi o país que mais chamou a atenção por ter tomado medidas importantes nos últimos 30 anos.
A redução no aleitamento materno traz consequências sérias como a desnutrição e a alta mortalidade infantil, principalmente em áreas menos desenvolvidas.
Bancos de leite humano
O Brasil tem a maior rede do mundo. São 218 hospitais e 161 postos de coleta em todos os Estados. Esse modelo foi exportado para 25 países da América Latina, África e Europa. Para isto conta com a doação de muitas mãezinhas e abnegados profissionais e voluntários engajados no processo de aleitamento.
Amamentar é um ato de amor
O amor se constrói passo a passo. O ato de amamentar aproxima a mãe de seu bebê criando e fortalecendo os laços inextinguíveis desse sentimento sublime que é o amor. A benfeitora Joanna de Angelis nos diz que “o amor como solução é o único recurso de que o ser humano pode dispor”. E acrescenta: “ante a impossibilidade de mudar o mundo, cada homem e mulher mudará a conduta interna e conquistará o seu lugar ao sol da harmonia, impondo a mudança geral”.
Diante de quadros de tanta violência nos dias atuais, perguntamos como poderemos mudar o mundo? Através de muitos e pequenos atos de amor. Uma criança cuidada com amor e carinho certamente será um ser humano generoso e grato à vida, contribuindo com outros atos de amor, tão necessários à construção de uma sociedade feliz.
Parabéns a todos que estão envolvidos nesse lindo trabalho! Este é o Brasil que queremos ver crescer, com muitos brasileirinhos reencarnando felizes! “Vinde a mim as criancinhas”, disse Jesus!
Vamos divulgar esse Brasil campeão?
Muita paz!
Fontes:
Sites: g1.globo.com; Terra Serviços; Fundação Oswaldo Cruz/Canal Saúde; rede brasilatual.com.br; sbp.com.br/src.
Livro: O Amor como Solução, pelo Espírito Joanna de Angelis, psicografia de Divaldo Franco, editora Leal.