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Artigo do Jornal: Jornal Maio 2014

Sobre o autor

Ângela Delou

Ângela Delou

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Todos somos filhos de Deus. Portanto, nossos filhos biológicos ou não também o são. Também nos sentimos filhos “verdadeiros” de nossos pais. Mas, a cada encarnação recebemos filhos e pais diferentes. Nessa visão somos todos irmãos, filhos de um mesmo Pai e, de uma certa forma, somos todos “adotados” mantendo a mesma Paternidade. A cada nova encarnação os papeis são mudados. Recebemos como filhos aqueles que podem ter sido anteriormente nossos pais e assim por diante.

Os ensinamentos contidos na Doutrina Espírita ampliam o entendimento a respeito do objetivo maior da vida terrestre, que é o constante aperfeiçoamento dos espíritos.

 

Planejamento Familiar

O acaso não existe. O planejamento familiar acontece no Mundo Espiritual, antes de reencarnarmos. Recebemos os filhos biológicos ou os a serem adotados conforme as construções afetivas do passado. O retorno ao cenário familiar se dará de acordo com a Lei de Causa e Efeito. É da Lei Divina que possamos retornar o contato com os companheiros do passado para um novo aprendizado. Novo lar, nova vida para reconstruir afeições. Os caminhos desse reencontro podem acontecer pela linha biológica ou pela adoção.

A adoção é um ato de amor. E o amor nasce no coração e precisa ser cultivado dia a dia. Isto faz parte do processo de convivência com os filhos adotivos. Cabe aos pais orientá-los e conduzi-los no caminho do bem.

Adotar é um passo muito importante que deve ser pensado e planejado com os cuidados necessários ao enfrentamento dessa experiência.

Muitas vezes recebemos na família aqueles irmãos que prejudicamos e que voltam. Trazem os desequilíbrios do passado e precisam da ajuda dos pais que os acolhem e que devem encaminhá-los para a orientação moral dentro dos postulados cristãos. Podemos receber também os amores do passado. São os filhos cujas afinidades são tantas que sentimos a alegria daquele abençoado reencontro.

 

Dia Nacional da Adoção no Brasil

Criado em 1996, no I Encontro Nacional de Associações e Grupos de Apoio à Adoção o dia 25 de maio, é o Dia Nacional da Adoção.

Em 9 de maio de 2002, por meio da lei federal nº 10.447, foi instituído o Dia Nacional da Adoção, com o objetivo de promover mais reflexão sobre o assunto. No dia 29 de abril de 2008, o Governo Federal criou o Cadastro Nacional de Adoção; um sistema de informações alimentado pelo Conselho Nacional de Justiça e demais órgãos autorizados.

O processo de adoção não é fácil. É necessário passar por algumas etapas feitas através das entidades públicas a fim de proteger a criança ou jovem até a formalização de ato jurídico que “cria entre duas pessoas vínculo de parentesco semelhante à paternidade e filiação.”

A Associação dos Magistrados do Brasil lançou uma campanha intitulada “Mude um Destino”, visando esclarecer dúvidas acerca da adoção a associação produziu uma cartilha detalhando o passo a passo nesse processo.

 

Pais do Coração

. O educador suíço Pestalozzi, uma das maiores figuras da pedagogia, adepto das idéias de Jean Jacques Rousseau e criador do Instituto Yverdon, onde Allan Kardec estudou, acolheu mais de 100 crianças sobreviventes de guerra.

No Brasil há um número imenso de crianças abrigadas aguardando uma família. Essa criança que cresceu numa instituição quando chega aos 18 anos sai do abrigo sem ninguém.

Artistas e famosos têm dado o exemplo da importância da adoção como: Angelina Jolie e Brad Pitt, Elba Ramalho, Madonna, Drica Moraes, a jornalista Gloria Maria e tantos outros.

No meio espírita também existem muitos casos de lares que acolhem filhos do coração. Se formos nomear faremos certamente uma grande lista pois os espíritas têm consciência da imensa responsabilidade de receber no lar a abençoada experiência da adoção.

Tenho na família alguns casos e no dia a dia esquecemos que estamos juntos pelos fortes laços do amor e não pelos da consangüinidade. É muito bom viver em família!

Pedi a uma amiga muito querida, Mônica Pelegrino, que fizesse um breve relato de sua experiência de ser mãe do coração.

Mônica freqüenta o Centro Espírita Jorge Niemeyer, em Vila Isabel. É evangelizadora e palestrante espírita; uma trabalhadora da cidade do Rio de Janeiro, muito atuante.

 

“Olá Querida Ângela,

Minha história com a adoção começou há vinte e cinco anos atrás. No meu caso específico, não precisei entrar na fila da adoção, pois todas as minhas duas adoções chegaram de forma inusitada na minha vida, porém, com um planejamento eficaz da espiritualidade. No caso do meu primeiro filho, um ano antes do seu nascimento por outra barriga, havia eu sonhado com um bebê e me prontifiquei a ficar com ele na certeza da nossa ligação espiritual. Assim que nasceu, o Plano Maior o encaminhou até ao meu lar pelas mãos de amigos que até então não sabiam do meu sonho e nem do meu desejo de ser mãe. Em seguida busquei o Juizado de Menores para os devidos acertos legais

Anos mais tarde, me encontrava na reunião da COMEERJ, quando soube do caso de uma menina e então me prontifiquei a ficar com ela. O que foi interessante, é que, dias antes havia novamente sentido em meu coração essa vontade de adotar e com o nome já definido de uma menina que ia chegar.

A adoção, no meu entender, significa acima de tudo um compromisso espiritual assumido mesmo antes da reencarnação. Pelo menos no meu caso assim aconteceu. Todas as minhas adoções foram legalizadas pelo Juizado de Menores. Foi muito gratificante ser mãe de um modo diferente. Agradeço a Deus por isso!

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