Uma das funções que todo advogado tem, quanto operador de direito, é ser um guardião da paz social. Não se mede o bom advogado pelas ações que ele ajuíza, mas pelas vidas que ele orienta e, não raro, pelos processos que ele deixa de apresentar. A função precípua de todo advogado é criar as pontes de diálogo entre as partes conflitantes e não edificar muros de segregação entre os envolvidos.
Isto porque, por de trás de todo o processo existem vidas, cujas trajetórias, em qualquer etapa de suas existências, entraram em conflito e necessitam de atenção para solucionar seus interesses antagônicos. Há que se ter em mente que, não raro, a sentença do magistrado, ao término da marcha processual, põe fim à demanda, mas, muitas vezes, a resistência das pretensões das partes envolvidas continua. Assim, ao bom advogado compete, antes de fomentar as batalhas nos tribunais, procurar estabelecer formas pacíficas de soluções extrajudiciais da lide, tais como a transação (autocomposição), conciliação, mediação e arbitragem.