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Artigo do Jornal: Jornal Abril 2018

Sobre o autor

Leonardo Vizeu

Leonardo Vizeu

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Um dos episódios bíblicos mais impactantes e que marcou profundamente a passagem de Cristo na Terra foi seu julgamento. A passagem é extremamente rica, complexa e por demais longa para narrarmos pormenorizadamente aqui. Encontra-se presente nos Evangelhos de Mateus XXVII, Lucas XXII, Marcos XV e João XVIII1. Após ser preso pelo Sinédrio e levado a Pôncio Pilatos, então governador romano na Judeia, para julgamento, este, após examinar a questão, conclui diante da multidão que aguardava ansiosa pela condenação: “Não acho motivo para condenar este homem”. Furiosa com essa decisão, a multidão insiste: “Ele atiça o povo ensinando em toda a Judeia, começando da Galileia até aqui” (Lucas XXIII:4 e 5).

O fanatismo cego dos judeus deixou Pilatos surpreso. Enquanto os principais sacerdotes e os anciãos gritavam, incitando a multidão contra o Cristo, Pilatos pergunta a Jesus: “Não está ouvindo quantas coisas testemunham contra você?” (Mateus XXVII: 13). Este não responde e simplesmente se cala. Sua tranquilidade diante dessas acusações absurdas surpreende Pilatos. Os judeus, por sua vez, disseram que Jesus começou na Galileia. Por meio dessa informação, Pilatos descobre que Jesus, na verdade, é galileu. Com isso, Pilatos tem uma ideia de como escapar da responsabilidade de julgar Jesus. Herodes Antipas (filho de Herodes, o Grande) é o governador da Galileia e está em Jerusalém para a Páscoa. Por isso, Pilatos o envia a Herodes. Este fica contente com a perspectiva de ver Jesus, apenas para satisfazer sua curiosidade e ver algum milagre ou prodígio (Lucas XXIII: 8).

Todavia, Jesus não diz nenhuma palavra enquanto é interrogado, frustrando suas expectativas. Desapontado, Herodes e seus soldados devolvem-no à autoridade romana (Lucas XXIII: 11). Quando Jesus retorna, Pilatos reúne os principais sacerdotes, os líderes judeus e o povo, e diz: “Eu o interroguei na frente de vocês, mas não achei neste homem base para as acusações que vocês levantam contra ele. De fato, nem Herodes achou, pois o mandou de volta para nós. Como podem ver, ele não fez nada que mereça a morte. Portanto, eu o castigarei e o soltarei” (Lucas XXIII: 14-16).

Os relatos bíblicos revelam que Pilatos está ansioso para libertar Jesus, pois percebe que os sacerdotes o entregaram por inveja. A multidão quer ver Jesus morto. Tentando salvá-lo, Pilatos usa outra abordagem: “Vocês têm o costume de que eu liberte um homem por ocasião da Páscoa. Portanto, querem que eu solte o Rei dos judeus?” (João XVIII: 39). Pilatos sabe de um prisioneiro chamado Barrabás, que estava preso por roubo, sedição e assassinato. Por isso, Pilatos pergunta: “Qual deles vocês querem que eu solte: Barrabás ou Jesus, o chamado Cristo?” Por terem sido incitados pelos principais sacerdotes, o povo pede que Barrabás seja libertado. Pilatos pergunta: “Qual dos dois vocês querem que eu solte?” A multidão grita: “Barrabás!” (Mateus XXVII: 17 e 21).

Abismado diante da loucura coletiva dos judeus, Pilatos pergunta: “O que, então, devo fazer com Jesus, o chamado Cristo?” O povo grita e exigem sua morte. Diante do ódio e do silêncio de seus próprios discípulos, a sentença é lavrada e Cristo condenado à morte por crucificação. Recentemente, Divaldo deu declarações, posicionando-se de forma firme e, na opinião deste colunista, coerente sobre a ideologia de gênero e sobre o cenário político em que o Brasil se encontra.

Estes temas já foram abordados nesta coluna e, em nada, as opiniões do médium conflitam com os Evangelhos e a Doutrina Espírita. Muito pelo contrário, a ratificam e a corroboram. Todavia, houve um manifesto assinado por autointitulados espíritas progressistas, afirmando que Divaldo “está exercendo sua imensa influência no movimento espírita para fortalecer posições retrógradas, anti-humanitárias e o faz sem qualquer argumentação”2.

Neste ponto, pedimos vênia e fazemos um paralelo do episódio de Divaldo com o julgamento de Cristo. Assim como a multidão de judeus, Divaldo foi chamado a testemunhar sua fé. Porém, diferente da turba, ensandecida pelas mentiras espalhadas pelo Sinédrio, Divaldo não se deixou abalar pelo patrulhamento ideológico e político-partidário. Manteve-se firme, forte e, de forma corajosa, testificou seu compromisso com Jesus Cristo e com o Espírito de Verdade. Honrou todo o seu legado como médium psicógrafo e como obreiro da caridade. Vale lembrar que, por meio da psicografia de Divaldo, tivemos acesso às palavras de Joanna De Ângelis e de Manoel Philomeno de Miranda. Além disso, a Mansão do Caminho já vocacionou para o bem e para educação milhares de almas reencarnadas na Pátria do Evangelho. Para encerrar, registro meu total apoio a Divaldo Pereira Franco e meus agradecimentos por tudo que fez, faz e ainda fará (se Deus quiser e ele há de querer) pelo Brasil e pelo movimento espírita. Obrigado, Divaldo.


1 Para uma melhor leitura, vide: Bíblia on line.

2 Vide: https://blogabpe.org/2018/02/17/desinformacao-cegueira-e-idolatria-no-movimento-espirita/, consulta em 04/03/2018, às 10:00 horas.

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