É sempre admirável observar-se o desvelo com que pais cuidam dos seus filhos. O carinho, a ternura, o devotamento que lhes dedicam são fundamentais para a construção de uma personalidade sadia e o desenvolvimento harmonioso do ser. Há, em cada criança, um mundo de possibilidades latentes que lhe cumpre desenvolver. Mas, como herdeira de si mesma, traz ainda arestas que precisam ser lapidadas – resquícios de ações desequilibradas de vidas passadas – que requerem mudanças positivas para serem superadas. Significa dizer que precisa aprender a ser generosa e solidária. Aos pais cumpre ajudá-la a praticar o bem e a combater o orgulho, o egoísmo e a vaidade assim que os detectam.
No entanto, vemos na sociedade moderna padrões de comportamento que instigam a criança a desenvolver sentimentos exatamente contrários a esses tão nobres. Grandes parcelas dessas crianças nascem em lares onde há preocupação exagerada com a aquisição de bens materiais, com o usufruir de prazeres que o dinheiro proporciona, com a ostentação, com a vaidade. Tudo isso leva-nos a refletir sobre as suas possíveis consequências sobre o espírito reencarnante.