Abro o celular e começo a ver as diversas mensagens que me foram enviadas. No geral, as mesmas de sempre. De repente, uma delas chama a minha atenção. É o meu amigo, escritor e pai estreante de uma bebê de quatro meses, que me encaminha a cópia de uma carta que endereçou a sua filhinha. À medida que leio, percebo o quanto o tema que o inspirou precisa ser amplamente divulgado e discutido nos dias atuais.
Trata-se do papel de um pai divorciado que fez questão de dividir com a mãe da criança, os cuidados com a filha. O sentimento de paternidade, aliado à consciência da sua responsabilidade ante esse espírito que ajudou a trazer à Terra, o fez estar presente em todas as consultas médicas, a vibrar com os preparativos e a acolhê-lo na hora do seu nascimento. Dedica três noites semanais a dividir com a mãe os cuidados do sono, do mamar e da brincadeira. E, nas manhãs seguintes, a leva a passear por diferentes lugares, principalmente, a pracinha.