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Artigo do Jornal: Jornal Novembro 2019
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Durante muitos anos, o cinema americano mostrou o além-túmulo de forma equivocada, talvez, por falta de conhecimento sobre as questões tratadas por Allan Kardec no Livro dos Espíritos.

O mistério sobre a morte era o argumento perfeito, explorando ao máximo nas histórias assombradas que contavam, mexendo, assim, com a imaginação dos espectadores.

Era um passatempo sem compromisso, preenchido de argumentos efêmeros que não correspondiam à verdade dos fatos.

 As bilheterias registravam resultados financeiros extraordinários, mas o entretenimento aos poucos foi se esvaziando por falta de argumentos mais sólidos e compatíveis ao gênero dramático.  

O caso das Irmãs Fox, ocorrido na América, com material suficiente para produzir algo notável, nunca veio à tona ao longo desses anos.

Foi, preciso, então esperar por muitos anos para que tivéssemos um filme cheio de realidade, que fizesse a diferença e trouxesse o frescor da discussão plausível entorno do assunto.

No ano de 1990, estreou o filme Ghost, que contou a história entre Sam Wheat (Patrick Swayze) e Molly Jensen (Demi Moore), um casal muito apaixonado que tem suas vidas destruídas, pois, ao voltar de uma apresentação de Hamlet, é atacado, e Sam é morto. No entanto, seu espírito não vai para o outro plano e decide ajudar Molly, pois ela corre o risco de ser morta e quem comanda a trama é o mesmo que tirou a sua vida, é quem Sam considerava seu melhor amigo. Para poder comunicar-se com Molly, ele se utiliza de Oda Mae Brown (Whoopi Goldberg), uma médium trambiqueira que consegue ouvi-lo, para desta maneira alertar sua esposa do perigo eminente.

O projeto deu certo e possibilitou uma brecha para o debate sobre as questões tratadas no filme, embora não mostrassem a realidade conforme encontramos nas literaturas especializadas.   

Em 1994, chega às telas do cinema o filme A Entrevista com Vampiro, com Tom Cruise e Brad Pitt no elenco, protagonizando uma história cheia de suspense, porém vazia de conteúdo e sem o mínimo compromisso intelectual.

 Foram anos de espera e de silêncio. Parecia que os produtores haviam esquecido o tema tantas vezes abordados por eles, mas sem nenhum proveito aparente.

Veio o período das luzes e o cinema ressurge com força e objetividade através dos filmes Os Outros, com Nicole Kidman, e O Sexto Sentido, com Bruce Willis. Duas histórias interessantes que mudaram o panorama do cinema americano, como também abriu uma nova era para as questões tantas vezes indagadas pela humanidade através dos séculos: Quem somos nós? De onde viemos? E para onde vamos?

O debate sério ganhou as ruas, as pessoas começaram a se mexer e passaram a procurar meios fidedignos e especializados para compreenderem melhor o que os filmes estavam querendo dizer.

No Brasil, os produtores e os cineastas aproveitaram o momento para lançar suas produções. Confiantes no mercado cinematográfico, emplacaram suas obras no mercado, onde fizeram grande sucesso de público e de crítica.

Surge a era do cinema espírita, com abordagem simples, mostrando a realidade através de biografias confiáveis e um clássico da literatura espírita.

 A imortalidade da alma na visão espírita. O fim do suspense e das histórias cheias de rodeios. Somente a verdade dos fatos margeados pelo amor divino e a esperança como salvação. Tudo isso, nos filmes Bezerra de Menezes - o Diário de um Espírito (Carlos Vereza), Nosso Lar (Renato Prieto) e Chico Xavier (Nelson Xavier).

Hoje, o cinema espírita é uma realidade e possui grande aceitação do público no mundo inteiro. 

Nas telas dos cinemas podemos assistir aos filmes Kardec (direção de Wagner de Assis), Divaldo, o Mensageiro da Paz (direção Clovis Mello), Paulo de Tarso (direção André Marouço) e Zé Arigó (direção Gustavo Fernández).

Muitas outras produções já estão a caminho e temos a certeza de que serão faróis a iluminar uma sociedade que caminha a passos largos na direção do porvir!

Prestigiar o cinema espírita é, antes de tudo, uma maneira de exercer a cidadania, promover a cultura e dar a oportunidade ao progresso humano. O cinema espírita é uma ferramenta eficaz e faz bem ao coração, porque revela a beleza da vida em toda sua plenitude.

Somos uma sociedade em constante evolução, que precisa do conhecimento para encontrar o seu destino na Terra.

 Propagar a luz é iluminar as consciências em qualquer setor da vida.

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