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Artigo do Jornal: Jornal Outubro 2019
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Ele veio ao mundo para reconstruir a vida moral, que estava em ruinas, no século XII.

Pesados impostos para o povo, enquanto a nobreza vivia nas suas propriedades luxuosas, ostentando festas e banquetes requintados. 

O povo passava por privações e bem longe da cidade, jogados à própria sorte, havia homens, mulheres e crianças tomados pela lepra sem qualquer atenção. 

As batalhas eram comuns e sobravam nos campos os corpos mutilados dos soldados, em meio ao cenário de tristeza, dor e sofrimento.  

O jovem Francisco crescia sob os cuidados amorosos de sua mãe, porém, o pai, um vendedor bem-sucedido de tecidos, aspirava para o filho a glória, a nobreza, os títulos e as honrarias. 

Certo dia, Francisco de Assis a caminho da batalha campal, ouve uma voz a lhe pedir para que largue tudo e reconstrua a casa de Deus. Então, ele abandona as lutas e volta para cidade como desertor. O pai inconformado e envergonhado agride o filho com bofetões e palavras terríveis, expulsando-o de casa.  

De um lado, o desprezo paternal, do outro a confiança, a humildade e a esperança de Francisco poder servir a Deus, livremente. 

Despido das roupas dadas pelo pai ele se desfaz dos trajes suntuosos, ficando nu a vista de todos. Ele vai embora, para somente voltar na figura franzina do jovem descalço, vestido com uma túnica remendada com restos de tecido.

Assim começa a sua nova vida, andando pelas ruas da cidade de Assis a pedir pedras, para reconstruir a Igreja de São Damião. 

Não demorou muito para aparecer adeptos à sua iniciativa cristã, como também, o surgimento da Ordem Franciscana, com um estatuto redigido por ele mesmo, comprometendo-se a uma vida simples na pobreza.

O Papa Inocêncio III, inicialmente assustado com os votos de pobreza, outorgou-lhe a prosseguir em seu ministério de fé, desejando êxito na jornada. 

Tudo era felicidade e o trabalho era enfim uma jornada abençoa por Deus, pois não sentia o peso das horas a fio das tarefas duras que enfrentava, tanto que cantava alegre perante o serviço como os outros companheiros de ideal,

Francisco era um trovador. Chama a todos de irmãos, inclusive, os animais, o Sol, a Lua, os pássaros, a água, o fogo etc. Era um poeta fabuloso! 

Surge a jovem amiga Clara, moça de família nobre, querendo seguir os seus passos. Ela entra para Convento das Carmelitas Descalças e lado a lado dele segue por toda parte no serviço de caridade e fraternidade. 

Era inverno na Europa e o frio estava forte demais.  

No caminho dois corações iguais que haviam se cruzado com o mesmo destino, conversam enquanto a neve fria caia sem cessar.  

Francisco com os pés descalços seguiria para o Oriente em missão de paz. Clara, deseja que o paizinho, como, aliás, ela o tratava, logo voltasse, tentando impedi-lo, em vão. 

Surge então o mais sublime diálogo entre eles: 

-Tens que ir agora? 

- Sim. 

- E quando voltas? 

utubro

- Quando florirem as rosas. 

Nesse momento ele se vira e segue, sumindo de vez na neblina fria. 

O desejo de Clara é que ele voltasse logo, então, eis que surgem centenas de rosas que se espalham pelo caminho pisado por Francisco. 

Depois de alguns anos ele volta e vê a Ordem Franciscana muito mudada. Resolve então seguir para monte e viver numa gruta acompanhado dos amigos.  

Muito doente, fraco e cego, apenas aguardava o momento da partida. E, quando esse dia chega, ele pede para os seus irmãos que o coloquem no chão, junto da irmã terra. 

Ele agradece a Deus em oração, recebe os estigmas do Cristo nas mãos e nos pés, cerrando os olhos para viver na vida eterna! 

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