Estamos comemorando os 150 anos da morte de Allan Kardec, o codificador da Doutrina dos Espíritos.
Durante o presente ano, muitos acontecimentos importantes ocorrerão no mundo e nada mais justo do que homenagear aquele que, através de muitas horas de estudo e dedicação, resolveu o grande enigma da humanidade, ao afirmar a imortalidade da alma em 18 de abril de 1857, com a publicação de O Livro dos Espíritos.
Com o advento do Espiritismo na segunda metade do século XIX, o mundo foi sacudido a ponto de haver uma transformação intelectual, reunindo pessoas de ciências e simples operários, com o mesmo interesse e entusiasmo nas sessões de estudos.
A Sociedade Espírita de Paris abria as suas portas para o conhecimento, enquanto Allan Kardec trabalhava na organização do Pentateuco, a fim de conclui a Doutrina dos Espíritos.
É fato que muitos foram contrários a suas convicções, porém, muitos outros acompanharam de perto as lutas diárias do mestre de Lion. Graças a isso, nada pode deter a mensagem de Jesus que estava anunciada há mais de dois mil anos.
O Consolador Prometido chegou ao mundo como as Vozes dos Céus, anunciando a chegada de uma Nova Era.
Avaliando o feito de Allan Kardec 150 depois, observamos o trabalho e a conquista entorno da proposta pacificadora dos espíritos e agora dos espíritas que emanados pelos mesmos ideais continuam trabalhando em prol da sua divulgação, bem como colocando em prática os ensinamentos cristãos contidos na obra de natureza filosófica, cientifica e religiosa.
Ao vê-la espalhada pelo mundo, servindo de porto seguro para humanidade, concluímos, que o trabalho possui, diariamente, o pulso firme dos Bons Espíritos, que de perto continuam atuantes na responsabilidade de fazer dessa sociedade um povo regenerado.
O insigne professor Hippolytte Léon Denizard Rivail (Allan Kardec), que reencarnou em Lyon, na França, em 3 de outubro de 1804 e desencarnou em 29 de abril de 1869, é merecedor de todas as homenagens, embora reconhecemos as suas lições de modéstia, respeito e humildade diante do próprio nome, tanto que se decidiu por ser reconhecido por pseudônimo nos tempos em que foi um Druida.
Para tanto, destacamos parte do seu pensamento exposto em nota no livro “O Espiritismo na sua Expressão Mais Simples”, edição FEB, que consideramos uma joia belíssima que reluz a personalidade de Allan Kardec sobre o lançamento do primeiro livro da codificação:
- O Livro dos Espíritos, a primeira obra que levou o Espiritismo a ser considerado um ponto de vista filosófico, pela dedução das consequências morais dos fatos; que considerou todas as partes da Doutrina, tocando nas questões mais importantes que ela suscita, foi, desde o seu aparecimento, o ponto para onde convergiam espontaneamente os trabalhos individuais.
É notório que da publicação desse livro data a era do Espiritismo filosófico, até então conservado no domínio das experiências curiosas. Se esse livro conquistou as simpatias da maioria, é porque exprimia os sentimentos dela, correspondia às suas aspirações e encerrava também a confirmação e a explicação racional do que cada um obtinha em particular. Se estivesse em desacordo com o ensino geral dos Espíritos, teria caído no descrédito e no esquecimento. Ora, qual foi aquele ponto de convergência? Decerto não foi o homem, que nada vale por si mesmo, morre e desaparece; mas; a ideia, que não fenece quando emana de uma fonte superior ao homem.
Esse foi e continua sendo o Codificador do Espiritismo, homem de bem que, ao lado da sua esposa e dos grandes amigos, obteve uma vida dedicada ao bem, enfrentando as lutas diárias com a coragem e a dedicação. Nunca fugiu dos embates e sempre esteve disposto a responder aos opositores com educação e justiça.
Nas telas do cinema, o filme Allan Kardec, vem prestar não somente uma homenagem justa, mas oferecer à nossa sociedade terrena, uma ideia da personalidade desse homem, que sempre esteve disposto a servir sempre mais.