Essa orientação é de Joanna de Ângelis, um dos Guias da Humanidade, mentora espiritual do médium Divaldo Pereira Franco e grande mensageira de Jesus.
Suas mensagens espirituais refletem muito bem a sabedoria sobre os problemas humanos e os enigmas da reencarnação, onde procura contribuir de maneira simples com os conceitos da Psicologia espírita com subsídios da Psicologia transpessoal.
No Brasil, ela reencarnou no dia 11 de dezembro de 1761, em Salvador, Bahia, tornando-se mártir da Independência do Brasil ao ser assassinada, em 2 de fevereiro de 1822, por soldado português, ao defender a honra das jovens do seu Convento.
Esse ato de amor e bravura consciente deve-se à fé inabalável demonstrada no Século I quando aqui esteve como Joana de Cusa, que por dedicação ao Evangelho nascente e ao filho, morreu queimada viva ao lado deste e de inúmeros cristãos no Coliseu de Roma.
Humberto de Campos, no seu livro Boa Nova, escreve essa passagem milenar, mostrando a força e a coragem espiritual dessa mulher forte e comprometida com as ideias cristãs.
Considerando os valores literários dessa obra e as lições de grandeza, abrimos um espaço para que os parágrafos finais dessa narrativa, nos leve a refletir melhor sobre essa passagem histórica:
Os gemidos de dor lhe morriam abafados no peito. Os algozes dos mártires cercaram-lhes de impropérios. Um dos verdugos disse a Joana: “O teu Jesus soube apenas ensinar-te a morrer?” – A velha discípula, reunindo as últimas resistências, teve ainda força para responder: “Não apenas a morrer, mas também a vos amar”!
Nesse instante, ela faleceu... Em seguida, sentiu que a mão consoladora do Mestre lhe tocava suavemente o ombro, e lhe escutou a voz carinhosa e inesquecível, dizer: “Joana, tem bom ânimo! Eu aqui estou”!
No Século XVII, ela reencarnou no México, como Sóror Juana Inês de La Cruz, considerada como a maior poetisa da língua hispânica, além de musicista, pintora e poliglota, já que falava e escrevia, fluentemente, seis idiomas.
Foi reconhecida como a primeira feminista e teatróloga no mundo, ficou conhecida como ¨A Fênix das Américas¨ e também ¨A Décima Musa¨.
Segundo ela, quase todo o seu escrito era por encomenda e a única coisa que escreveu por gosto próprio foi uma poesia filosófica chamada O Sonho, que muitas vezes se edita com o título de Primeiro Sonho. Trata-se de uma alegoria de várias centenas de linhas, em forma de poesia, acerca da ânsia do saber, o voo do pensamento e a sua consequente queda trágica. Sóror Juana também escreveu um tratado de música, chamado O Caracol, que está perdido. A despeito do que ela mesma disse, no entanto, seus escritos sobre a liberdade da mulher por certo não foram encomendados, mas tampouco devem ter sido por ela escritos por gosto e sim, provavelmente, para defender sua própria posição social como intelectual livre, assim afirmam os seus biógrafos.
Como teatróloga escreveu duas comédias, chamadas Amor é mais Confusão e As Obrigações de uma Casa.
Pouco antes de sua morte, Sóror Juana foi obrigada por seu confessor a desfazer-se de sua biblioteca e de sua coleção de instrumentos musicais e científicos. Deve-se lembrar que, naquele tempo, a Santa Inquisição estava ativa. Morreu aos quarenta e três anos, durante uma epidemia, tendo, antes disso, chegado a socorrer várias de suas irmãs.
Esses valores de fé, amor e renúncia ratificam a força e a coragem desse espírito comprometido com as obrigações de fraternidade com o próximo.
Observamos, contudo, a claridade dos seus ensinamentos cristãos, nos dias atuais, onde continua revelando sublimes orientações e esclarecimentos, através de toda sua obra da série Psicológica, que nos permite alcançar novos degraus na imensa estrada da vida.
Se podemos florescer onde Deus nos colocou: eis aí uma escolha que cada um deverá fazer de acordo com a sua vontade e a ilibada moral, que é necessária a qualquer espírito que deseja atravessar e vencer a sua estrada de Damasco.
Joanna de Ângelis fala que o milagre da vida é muito mais complexo e, por isso mesmo, o seu ponto de partida somente pode ser encontrado no Criador que a elaborou e a vem conduzindo através de bilhões de anos, produzindo na sua estrutura as indispensáveis adaptações, desdobramentos, variações...