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Artigo do Jornal: Jornal Maio 2017
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A ideia era homenagear Allan Kardec, no Centro Espírita Humildade e Amor, situado no Irajá, Rio de Janeiro, com os alunos do ESDE - Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, sob a direção da facilitadora e dirigente Zezé Arantes.

Professora acostumada aos grandes desafios propôs a turma fazer algo diferente, que tivesse a participação de todos e oferecesse ao público, em geral, um momento de arte que mostrasse a luta pelo ideal espírita do insigne professor de Lion.

Utilizando-se do texto teatral escolhido, iniciaram os ensaios da Leitura Dramatizada, com entusiasmo e responsabilidade, valorizando a pesquisa em torno do estudo teórico e prático, aplicando técnicas de interpretação e dramatização que pudessem facilitar o trabalho em grupo.

Para difundir o conhecimento sobre o conteúdo programático, usou da didática aplicando os saberes luminosos, acentuando cautelosamente os melhores caminhos para o aprendizado de todos.

A alegria da professora era nítida e radiante diante da turma identificada com o propósito do projeto. Pessoas de todas as idades e formação esforçavam-se com tamanha satisfação, procurando assim, atender as orientações para alcançar o melhor resultado técnico do trabalho.

Tudo correu naturalmente, e a cada semana via-se o trabalho ganhar avanços claros e surpreendentes.

Os alunos corrigiam-se para melhor atingir os objetivos fundamentais do projeto, bem como comentavam e refletiam as lições de elevação contidas no texto, destacando os apontamentos valiosos à reforma íntima.

Sabemos que ao logo de cada existência aprendemos coisas novas em benefício do nosso próprio progresso. Profissões e afazeres surgem a nossa frente modificando o panorama através do olhar crítico.

Zezé Arantes, nossa facilitadora, se empenhou por ministrar suas lições educativas, deixando brotar no íntimo de cada um a centelha divina da convivência interpessoal, no que aumentou consideravelmente o respeito e a admiração de todos, tanto que foi possível perceber as melhores vibrações que cercavam o trabalho coletivo.

Chegou enfim o dia da apresentação, e lá estávamos prontos para realizar o projeto da Leitura Dramatizada sobre o Codificador da Doutrina Espírita.

As expectativas eram diversas, mas o que todos esperavam realmente era poder atender aos que vieram prestigiar a iniciativa renovadora.

O público foi chegando lentamente, se acomodando calmamente nas últimas fileiras do auditório, de aproximadamente quatrocentos lugares, mas a professora sábia e voluntariosa, com jeitinho de avó querida, pegou no microfone e começou a conversar sobre o que iria acontecer, talvez, tentando acalmar os mais aflitos.

Sua conversa em ritmo de Banho Maria modificou a impressão aparente, dando lugar ao conforto, acomodando o público bem mais próximo à apresentação.

Os alunos, agora atores, assumiam os seus lugares e personagens, concentrados em seus papéis aguardavam o início da tão esperada Leitura Dramatizada.

A cada cena o público manifestava aprovação, numa demonstração clara de estar gostando e aprendendo.

A leitura chegou ao seu final e a nossa facilitadora iniciou o cântico suave homenageando Allan Kardec, onde todos de pé cantaram solenes.

Ali, ficou evidente a coragem, a fé, a renúncia e a determinação de um homem obstinado e sincero ao ideal espírita, como também, a presença de uma professora comprometida em revelar talentos e consolidar novos caminhos à educação da mediunidade.

A Arte é simples em sua natureza.

Ela possibilita grandes saltos em curtos espaços, quando se tem confiança em sua aplicação.

Devo dizer que a Leitura Dramatizada é uma excelente ferramenta de educação aos que se destinam à tarefa de facilitadores aos Estudos Doutrinários do Espiritismo.

Jesus, em sua época, sabiamente narrava estórias para que todos pudessem ouvir e refletir, com a máxima serenidade a sua mensagem de amor.

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