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No dia 3 de outubro de 1804, nasceu na cidade de Lyon, na França, Hippolyte Léon Denizard Rivail, adotando o pseudônimo de Allan Kardec, cujo nome se tornou conhecido mundialmente como o Codificador da Doutrina Espírita.
Sua trajetória foi devidamente orientada pelos Espíritos Superiores, tendo sempre à frente o Espírito de Verdade, orientador de toda programação normativa traçada em prol do progresso espiritual da humanidade. Programa este que deflagrou com grande repercussão a partir do lançamento d’ O Livro dos Espíritos, em 18 de abril de 1857.
Ele foi poliglota e tinha a genialidade dos homens sérios, além de possuir a visão universalista, versando com extremo conhecimento e fundamentação sobre todas as ciências.
Aplicou-se à propaganda do sistema de educação que tão grande influência exerceu sobre a reforma dos estudos na França e Alemanha. Tinha a nobreza pelo ensino a ponto de se aplicar com afinco nos trabalhos em gramática, aritmética, estudos pedagógicos superiores, além de ter traduzido obras inglesas e alemãs. Tinha a generosidade dos educadores comprometidos com o saber, onde organizou, na própria residência, cursos gratuitos de Química, Física, Astronomia e Anatomia Comparada.
No que tange a doutrina, ele organizou a codificação lançando: O Livro dos Espíritos (1857), O que é o Espiritismo (1859), O Livro dos Médiuns (1861), O Evangelho, segundo o Espiritismo (1864), O Céu e o Inferno (1865) e A Gênese (1868), que são estudos indispensáveis a qualquer estudioso interessado. O livro Obras Póstumas (1890), foi organizado pelos seus amigos, que reuniram os seus textos inéditos e anotações pessoais.
É importante ressaltar que no ano de 1858 ele lançou a Revista Espírita, em abril do mesmo ano, e fundou a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, na qual dirigiu até a sua desencarnação, em 31 de março de 1869, em consequência de um aneurisma.
Esse homem notável deixou para a humanidade um tesouro inestimável, bem como exemplos excelentes de dedicação e compromisso sincero. Esse legado tem atendido com fidelidade as necessidades prementes da sociedade, norteando-a gradativamente quanto à libertação integral do espírito, que há séculos ficou adormecida.
Hoje, ao recordarmos dele, sentimos o desejo de registrar a nossa gratidão e somente podemos expressá-la através do reconhecimento e da propagação da sua retumbante passagem pela Terra, onde os seus feitos e dedicação à causa espírita nos remete afirmar quanto o mundo pode avançar após o seu labor sincero.
Temos em nossas mãos agora a responsabilidade dessa divulgação, visto ser uma promessa de Jesus há mais de dois mil anos.
As futuras gerações assentarão nesse planeta as verdades imperecíveis de Jesus, sob o prisma da fraternidade em toda sua extensão, porque a regeneração da humanidade depende exclusivamente do que fizermos agora.
A tarefa difícil que Allan Kardec teve para propagar no século 19, tem agora no século 21 as facilidades na comunicação instantânea, em tempo real, onde se pode apertar um simples botão e pronto.
É magnífico poder revelar algo com tanta liberdade de expressão!
O mundo encontra-se disponível e nós devemos usar todos os mecanismos possíveis para fazer chegar essa mensagem, na forma de uma canção de esperança, amor e fraternidade.
Se ele foi capaz de perceber, desenvolver, comparar e apresentar resultados edificantes numa época tão difícil, o que não podemos fazer por ela nos dias atuais?
É necessário ter desprendimento para o serviço com Jesus.
É importante saber que Allan Kardec não ficou somente mergulhado no terreno das ideias e na organização dos temas e artigos. Ele propagou a mensagem e foi de encontro aos que estavam juntos ao seu propósito, como também não deixou de responder com celeridade os seus adversários, quando viam ao seu encontro interpelá-lo.
Na Viagem Espírita em 1862 e no livro O que é o Espiritismo, podemos compreender melhor esse arroubo de sua natureza humana e espiritual.
Feliz daquele que pode ser lembrado com carinho através dos anos. Feliz daquele que pode ser chamado amigo e ser guardado bem do lado esquerdo do peito, como, aliás, disse o poeta da canção.
Fica, portanto, essa singela homenagem, visando estender nossa admiração e reconhecimento a Allan Kardec.
E, se você tem alguma dúvida sobre ele, convidamos a meditar sobre as palavras mencionadas por Camille Flammarion no justo momento do seu sepultamento:
“Voltaste a esse mundo donde viemos e colhes o fruto de teus estudos terrestres. Aos nossos pés dorme o teu envoltório, extinguiu-se o teu cérebro, fecharam-se-te os olhos para não mais se abrirem, não mais ouvida será a tua palavra… Sabemos que todos havemos de mergulhar nesse mesmo último sono, de volver a essa mesma inércia, a esse mesmo pó. Mas, não é nesse envoltório que pomos a nossa glória e a nossa esperança. Tomba o corpo, a alma permanece e retorna ao Espaço. Encontrar-nos-emos num mundo melhor e no céu imenso onde usaremos das nossas mais preciosas faculdades, onde continuaremos os estudos para cujo desenvolvimento a Terra é teatro por demais acanhado. (…) Até à vista, meu caro Allan Kardec, até à vista!”.
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