
Os métodos científicos são quantitativos, matemáticos, atados aos nossos sentidos. Já os métodos espirituais são diferentes e qualitativos, tais como a meditação, a intuição. O primeiro é da matéria densa, o segundo é da sutil; o primeiro se decompõe e perde-se na análise, o segundo visa o conjunto, a síntese, a totalidade.
Os dois possuem seus valores e necessitam encontrar-se num ponto comum, onde análise e síntese se entendam e se completem, posição em que poderemos visualizar melhor a finalidade da vida. Seria buscar algo que se encontra além das assertivas científicas e sem poder explicá-las, porém com a quase certeza da sua existência; é périplo angustioso, uma conflitante odisséia.
Mesmo conhecendo as manifestações psíquicas que se afirmam no departamento físico, temos a considerar as variantes pessoais refletidas nos biótipos psicológicos dos seres, considerando ainda as suas oscilações de acordo com a evolução que carregam. Desse modo, devemos considerar os indivíduos com suas características, desde os primários e imaturos até os mais experientes em significativo degrau evolutivo.
A fim de melhor entendermos essas estruturações, figuremos quatro estágios psicológicos na espécie hominal que vicejam em nossa casa planetária.
No primeiro estágio estariam seres de pouca evolução, carregando em sua rede energética espiritual fortes demarcações instintivas, traduzidas principalmente pelos excessos da gastronomia e o panorama da sexualidade sem medidas. Logo são espíritos de pouco raciocínio em face das manifestações do meio em que convivem, mostrando, amiúde, agressões, repulsas e vinganças.
São indivíduos psicologicamente frágeis, tendo como norma de vida a exigência de atendimento das sensações primárias dos sentidos herdados do reino animal.
O segundo grupo estaria representado por indivíduos com horizontes psicológicos mais avançados, porém ainda respondendo pelas paixões que consigo carregam sempre acompanhadas de doentias emoções.
São indivíduos que visam exclusivamente um excessivo e desordenado prazer, em todas as suas vertentes, em que o sexo ocupa posição de destaque. São seres quase sempre atados aos vícios de toda ordem.
No terceiro grupo, o psicológico, estariam seres mais educados, com intelectualidade mais desenvolvida e sempre cuidadosos com o raciocínio. Esses indivíduos produzem as belas construções do intelecto, podem fazer parte dos pesquisadores de toda natureza, alcançando as diversas atividades humanas com seus autênticos benefícios. Entretanto, se esses indivíduos não tiverem alcançado bom padrão moral, que muitas vezes não acompanha o intelectual, pelos trajetos tortuosos que ainda percorrem, são perigosos e plenos de artimanhas.
Pela ausência de caráter que ainda os demarca, circulam em complicações intelectuais tecidas pela mentira e falta de sinceridade, tentando levar vantagem pessoal a qualquer preço.
Não amam as pessoas, são ególatras, sendo a corrupção a arma utilizada em suas atividades rotineiras.
O quarto grupo, ainda mais raro, são aqueles que, tendo suplantado todas as dificuldades que as experiências reencarnatórias propiciam, estarão sempre ao lado da verdade e das coisas sérias e corretas que envolvem o quotidiano.
São seres que visualizam com seriedade a vida em suas respectivas equações, além dos parâmetros do raciocínio consciente. Esses indivíduos estão colocados no grupo dos pesquisadores e construtores da dinâmica vital, são os autênticos distribuidores do Amor no ambiente em que convivem. Representa o grupo que se afirma na vida planetária, a fim de exemplificar e carregar a civilização para destinos mais produtivos da evolução coletiva.
Dentro desses quatro patamares, formando as quatro etapas psicológicas do ser, existem, ao lado desse teor de qualificação, certos coloridos que se exteriorizam, aqui e ali, de acordo com os lastros adquiridos que cada ser consigo carrega. Ao lado desse conjunto de potencialidades a definir o biótipo psicológico do ser, devemos considerar condições demarcadoras traduzidas nas atitudes de introversão e extroversão; estas sempre matizadas pelas variações de temperamento e influenciadas pelos fatores educacionais do meio onde milita o ser.
Procuremos o caminho, adquirindo potenciais positivos e em constante zelo pela nossa busca evolutiva, percorrendo os caminhos da eternidade que nos envolve. O impulso criativo nos indicará o percurso, ainda oscilante em face do nosso livre-arbítrio, mas sempre presente, permitindo ao homem alcançar os degraus evolutivos desde os componentes da inteligência intelectual (QI), avançando para a inteligência emocional (QE), até alcançar a inteligência espiritual (QS) com suas desconhecidas expansões, por enquanto.
Em outros termos, poderemos dizer que dos degraus iniciais do intelecto, vicejando no emocional construtivo, alcançando o espiritual, o homem estará buscando e conhecendo o seu Sol-Interno, o Cristo-Interno, a Ressonância Divina que se espraia no Grande Eu, o Self.