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Escrito por: Antonio Lucena
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"Mãe Ritinha", como era mais conhecida, por sua bondade incomensurável, era todo amor e ternura. Além de sua tarefa de amparo a crianças, muitas vezes foi requisitada para apaziguar desentendimentos entre casais e familiares. Com sua força moral e doçura, tudo voltava às boas. Era a vitória de uma mulher espiritualizada, que tinha Jesus em seu coração.

Rita da Silva Cerqueira nasceu no dia 29 de abril de 1888, na cidade de Além Paraíba/MG. Filha de Manoel Borges da Silva e Dona Maria Saldanha da Silva, e descedente do grande brasileiro Joaquim Saldanha Marinho, advogado de renome, que prestou relevantes serviços ao Brasil, como deputado estadual, senador, escritor e grão mestre da maçonaria.

Aos nove anos de idade, ficou órfã de pai e foi viver na companhia de sua avo materna  dona Raquel Saldanha marinho, que mestra e educadora na cidade de Além Paraíba.

Em 1906, aos 18 anos, casou-se com o jovem Francisco Ferreira de Cerqueira, muito prendado e uma alma boníssima que sem sombra de dúvidas, além de grande companheiro, foi o seu verdadeiro anjo de guarda e tutelar. Em 1910, transferiram residência para a cidade de Três Rios/RJ, em virtude de sua profissão oficial das oficinas da Estrada de Ferro Central do Brasil. Constituíram família de sete filhos valorosos, que só lhes deram alegrias e felicidades.

Em 1918, foi acometida de séria enfermidade, chegando a ser desenganada por uma equipe médica. Foi curada com passes e aguá fluidificada, na Casa Espírita de cidade próxima. Era um caso característico de obsessão. O espírito foi doutrinado, deixando-a em paz.

Mãe Ritinha a partir dessa data tomou consciência do bem. Desabrochou sua mediunidade curadora, atendendo os enfermos, os aflitos, os obsediados. Seu esposo e toda família lhe deram todo apoio cobrindo-a de carinho fraternal. Um grupo de amigos lhe proporcionou toda cobertura, facilitando a tarefa. Alexandre José de Lacerda, Marcelina Chaves, Manoel Gonçalves, Elizer Fonseca, Manoel Pessoa de Campos, entre outros.

Em 1922, uniram-se as duas Casas Espíritas da cidade de Três Rios. O Centro Espírita "João Batista" e o Grupo Espírita Fé e Esperança, sendo ela eleita presidente.

Em 1928, ficou viúva, seu esposo retornou a espiritualidade repentinamente. Seu filho mais velho contava 15 anos de idade, assumindo a responsabilidade de manter a família. Mãe Ritinha tinha a profissão de parteira. Não recebia dinheiro pelo trabalho de parto e aquelas que tinham bom rendimento, ajudavam. Fez um curso especializando-se e trouxe à vida centenas de reencarnantes, seu estado de saúde precário não lhe causou impedimento de socorrer centenas de parturientes.

Em 1940 transferiu residência para a maternidade, da qual era diretora. Fazia questão de contribuir com suas despesas como de sua filha Dalva, que lhe acompanhou.

Rita da Silva Cerqueira retornou à espiritualidade no dia 06 de abril de 1951, aos 63 anos de idade, deixando muitas saudades e confiante da misericórdia do amantíssimo Pai e Criador, que suas crianças e suas assistidas continuariam amparadas.

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