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Escrito por: Antonio Lucena
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Mário Amaral Machado, jornalista, formado em letras pela Universidade de Nancy e Engenharia Operacional pela Aeronáutica, nasceu em 08/05/1918 em Jarí, município de Julio de Castilhos, no Rio Grande do Sul e o título de cidadão benemérito do Estado do Rio de Janeiro, conferido pela Assembléia Legislativa do Estado, em sessão de 02/09/1982.

Conhecedor profundo da obra de Kardec, orador brilhante, mentor da mocidade espírita Teresa de Jesus no Grêmio Espírita Guia Celeste em Padre Miguel, do qual foi vice-presidente e expositor do livro dos espíritos durante mais de oito anos, dirigente da União dos Centros Espíritas do Ramal de Santa Cruz, Mário participou ativamente do movimento espírita no Rio de Janeiro, trabalhando na USEERJ, no Educandário Social Lar de Frei Luiz, na Associação Cristã Vicenti Moreti, e na Casa de Lucia, de D. Rosa Leonil.

Manteve programa espírita na Rádio Copacabana e depois,durante anos, um programa na Rádio Rio de Janeiro intitulado "A voz espírita da Guanabara", que ia ao ar nas tardes de domingo. 
A partir de 1974 dedicou-se também ao estudo e divulgação da parapsicologia, sem descuidar de sua atuação no espiritismo. 
Graças ao seu pioneirismo, a parapsicologia brasileira tornou-se conhecida. Abeberando-se no trabalho de Joseph Banks Rhine da Universidade de Duke, desejoso de estudar a paranormalidade com metodologia científica, Mário Amaral Machado criou em 1975 o Instituto de Parapsicologia do Rio de Janeiro e promoveu o primeiro Congresso Nacional de Parapsicologia e psicotrônica no Hotel Nacional, tendo como convidados estrangeiros Uri Geller, Cleve Baxter (pesquisador da sensibilidade das plantas) e William G. Roll. Na ocasião foi criada a Associação Brasileira de Parapsicologia, da qual Mário Amaral foi o presidente. Da diretoria da ABRAP na sua primeira gestão além de físicos, médicos, faziam parte espíritas como Paiva Melo e Américo Borges.
Outros congressos se seguiam. O segundo foi no Hotel Sheraton, quando foi criada a Federação Brasileira de Parapsicologia - FEBRAP ,da qual Mário foi também o presidente durante muitos anos, sendo criados os Conselhos Regionais de Parapsicologia em todo o pais.
Coordenador e professor do primeiro Curso de Pós-Graduação em parapsicologia, ministrado em convênio com a Sociedade Unificada de Ensino Superior Augusto Motta - SUAM -em 1985.
Em 1988 criou juntamente com sua esposa a médica Glória Lintz, o Instituto Brasileiro de Investigação da Sobrevivência - IBIS, que promoveu o Primeiro Congresso Brasileiro de Investigação da Sobrevivência sendo a palestra inicial proferida por Divaldo Pereira Franco. Esse congresso marcou um encontro de estudiosos que, pela primeira vez, se reuniram a nível nacional com a finalidade de examinar dados de pesquisa e observações que os levaram a estabelecer com rigor metodológico, irrefutáveis evidências em relação à continuidade da consciência (ou da individualidade) para além do fenômeno morte.

 

Uma pergunta pode surgir: por que o interesse pela parapsicologia? Não basta o conhecimento espírita?

Podemos responder com a frase de Francisco Cândido Xavier, quando Mário esteve com ele: "Meu irmão, continue com seu trabalho na parapsicologia; no espiritismo há muitos trabalhando, precisamos é de espíritas na parapsicologia".

Desde 1972 se interessou pela Transcomunicação Instrumental tendo registrado mais de 2 mil vozes. Conhecedor profundo de eletrônica, montou diversos aparelhos em sua residência no Alto da Boa Vista. Respondendo à entrevista feita pela jornalista Sonia Rinaldi e publicada no livro Contatos Interdimensionais, declara que a TCI representa um golpe de morte definitivo no grosseiro materialismo que tanto infelicita nosso belo planeta. Trazendo a ciência em nome de um novo espiritualismo, as pessoas voltaram a ter esperanças e a fé com características mais firmes se renova em todos os corações. Em outro trecho da referida entrevista conta que desde 1972 se interessa pela TCI mas já nesse ano passou por uma experiência marcante de comunicação de espíritos pelo telefone.. Na época Mário pertencia a um dos melhores grupos de materialização de espíritos no Rio de Janeiro, anexo ao Educandário Social Lar de Frei Luiz. Aí, de um dia para outro, e sem nenhum aviso prévio, os espíritos que trabalhavam na casa passaram a se comunicar pelo telefone com o doutor Luiz da Rocha Lima, fundador e diretor da referida instituição. Mário continua dizendo: "fui alvo de alguns desses telefonemas em minha residência à noite. Os espíritos não deram explicações, apenas começaram a falar pelo telefone.

Principais trabalhos publicados:

Os Fenômenos Paranormais de Thomas Green Morton - Editora Tecnoprint, Gerador Kirlian Mod 02/IPRJ - Editora Jornal Hoje, Epicentro de Poltergeist - Um Agente Psicocinético em Potencial - Anais do Congresso Brasileiro de Parapsicologia e Psicotrônica, O Psicofone e outros Aparelhos e outras obras por concluir.
Retornou à espiritualidade em 14 de abril de 2006, em sua residência. Deixa viúva Glória Lintz e três filhos: Geovah Ubirajara Machado, Sônia e Sandra Amaral Machado.

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