O mal se apresenta de diversas maneiras e por muitas formas. Não raro, se traveste de boas intenções e prejudica, tanto o indivíduo quanto a coletividade, afirmando que somente quer fazer o bem. Assim, sob a justificativa de estar agindo, em nome de uma autoridade maior, promove atrocidades morais e físicas. No plano material, percebe-se a atuação das Trevas pelo avanço do materialismo nos diversos campos do saber e das relações humanas, a qual perverte o senso moral das pessoas e corrompe sua noção de justiça, subtraindo-lhes, ainda, a autocrítica e a dialética.
Em uma obra seminal denominada Eichmann em Jerusalém - Um relato sobre a banalidade do mal, a filósofa Hannah Arendt faz uma profunda análise sobre o julgamento dos crimes de guerra e contra a humanidade praticados por Adolf Eichmann, carrasco nazista responsável por planejar, operacionalizar e executar a Solução Final, que se tratava do plano Nacional-Socialista para extermínio da população judia de todos os territórios ocupados pela Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial.