A história do Centro Espírita Bezerra de Menezes, no Estácio, um dos mais antigos de nossa cidade, começa em sua fundação no dia 12 de setembro de 1912, quando o confrade espírita Emygdio da Graça, por orientação espiritual de Bezerra de Menezes, funda a instituição.
Sua primeira sede foi uma casa na Rua Souza Gomes, em Cascadura, tendo sido transferida, poucos anos depois, para a antiga Rua Colina, hoje Quintino do Vale, nº 35, no Estácio. Na década de 20, foram adquiridas duas casas na Rua Maia de Lacerda, posteriormente demolidas, a fim de ser erguido o prédio que hoje tem o nº 155 e onde está instalado o CEBM.
As atividades do Centro, àquela época, consistiam em: atendimento a volumoso receituário homeopático (inclusive com confecção de remédios, já que o Centro possuía um pequeno Laboratório), atendimento pelos passes, reuniões mediúnicas de desenvolvimento de médiuns (terças-feiras) e de trabalhos de psicofonia (quintas-feiras), sempre precedidas por uma explanação feita pelo Patrono Espiritual sobre os mais variados assuntos relacionados com a Doutrina Espírita.
Em 1941, o CEBM também foi alvo da perseguição que sofriam os espíritas: seu funcionamento foi proibido pelo Chefe de Polícia no período de 10 a 22 de abril de 1941, e todos os médiuns e diretores da Casa tiveram que legalizar seus documentos no Departamento de Fiscalização.
Em 11 de abril de 1948, Leopoldo Machado proferiu uma conferência lembrando a desencarnação de Bezerra de Menezes e inaugurou as atividades da Juventude Espírita Bezerra de Menezes (hoje Mocidade), que consistiam em ministrar aulas de moral cristã às crianças, bem como organizar um serviço de assistência social que realizava visitas fraternas a lares pobres, asilos, orfanatos.
Ainda em 1948, têm início as reuniões mensais de médiuns, com o objetivo de aproximar os trabalhadores da casa pelo estudo, troca de ideias, reuniões que se realizam até hoje, agora com caráter de confraternização, reunindo não só médiuns, mas todos aqueles que desejem estudar dentro de um clima de união fraterna.
Em 1957, surge O Boletim, órgão de divulgação do Centro, hoje com periodicidade mensal, com mensagens e artigos evangélico-doutrinários e informações sobre a programação das reuniões e outras atividades da Casa.
A década de 60 registrou a criação do Departamento Social, a organização da Livraria, o estabelecimento de reuniões de orientação espiritual e atendimento à distância, participação da Mocidade Espírita Bezerra de Menezes no I Congresso Estadual, a concessão do Título de Utilidade Pública pela Lei Estadual 1051 de 23/8/66, entre outros acontecimentos e realizações.
Nos anos 80, instalou-se o Curso de Esperanto, introduziu-se o estudo de A Gênese e de O Céu e o Inferno nas reuniões públicas de estudo doutrinário e houve uma ampliação das atividades do Departamento Social.
A década de 90 foi marcada pelo início de diversos grupos de Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, quais sejam Introdução à Doutrina Espírita, Estudos Básicos da Mediunidade, Grupo de Estudos Espíritas, Grupo de Estudos do Evangelho e do Estudo das Obras Básicas em Esperanto…
No Movimento Espírita, o Centro Espírita Bezerra de Menezes faz parte do 12° CEU (Conselho Espírita de Unificação) do Rio de Janeiro, é filiado à CEERJ (Conselho Espírita do Estado do Rio de Janeiro, que é adesa à FEB (Federação Espírita Brasileira).
O aniversário foi comemorado por cerca de 100 pessoas, com discursos dos próprios trabalhadores da casa e com a bela apresentação do Coral Bem, responsável pela harmonização do ambiente.
Parabéns aos dirigentes, trabalhadores e frequentadores desta casa que é manancial de luz na região do Estácio e adjacências.