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Artigo do Jornal: Jornal Maio 2019
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Lemos em O Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo XV, item 8 que a máxima “Fora da Caridade não há salvação” assenta num princípio universal e abre a todos os filhos de Deus acesso à suprema felicidade, enquanto o dogma “Fora da Igreja não há salvação” se estriba não na fé fundamental em Deus e na imortalidade da alma, fé comum a todas as religiões, porém numa fé especial, em dogmas particulares; é exclusivo e absoluto.

Longe de unir os filhos de Deus, separa-os; em vez de incitá-los ao amor de seus irmãos, alimenta e sanciona a irritação entre sectários dos diferentes cultos que reciprocamente se consideram malditos na eternidade, embora sejam parentes e amigos esses sectários...

         E com base nesta máxima que é lema do Espiritismo — Fora da caridade não há salvação —, foi produzida a peça teatral com o mesmo nome que mostra o ambiente de um quarto de hospital, onde um paciente busca a cura de um câncer.

         Um quarto de hospital não é exatamente o lugar ideal para um renascimento espiritual, mas foi para o Sr. José (Rogério Fabiano). Ateu convicto e materialista confesso, internado devido a um câncer, tudo para ele era poder usar o que tinha. Inclusive para sua cura. Mas não contava com a presença constante de uma enfermeira muito especial (Érica Collares). 

         Suas conversas diárias versavam não somente sobre sua doença, mas, para surpresa dele, sobre a existência da espiritualidade. Nem ele nem ela tinham pudores de falar sobre suas vidas pessoais e suas trajetórias. 

         Os diálogos entre a enfermeira, espírita, e seu paciente, proporcionam embates diários, ora cômicos, ora trágicos. Mas, sem que percebesse, Sr. José, vai tendo sua índole materialista se transformando. 

         As questões levantadas pela enfermeira, invariavelmente, começam a fazer sentido para o paciente. Assim, de assunto em assunto, a peça vai se desenrolando com a mudança interior do Sr. José. 

         O autor, Cyrano Rosalém, foca a argumentação da enfermeira na necessidade de uma mudança interior do seu paciente. Primeiro porque uma mudança pessoal melhoraria sua saúde. Em seguida viria o tema principal: para ajudar aos outros, primeiro tem que ajudar a si próprio. Ela atinge seu objetivo, e ele se cura. 

         A peça é dogmática sem que o espectador o perceba, dado que as experiências pessoais dos personagens são muito mais interessantes que qualquer doutrinação. 

         Um espetáculo focado no pensamento positivo. E a cena final surpreenderá os expectadores.

         A peça com texto e direção Cyrano Rosalém, tendo no elenco Erica Collares e Rogério Fabiano; Direção de arte de Guillermo Luis; e trilha sonora de Agnes Lobo. Está em cartaz todas as quintas-feiras, às 18 horas, no Teatro Vannucci, no Shopping da Gávea.

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