ptenfrdeites
Artigo do Jornal: Jornal Julho 2018
Escrito por: Maria Rachel Coelho Pereira
Compartilhe

 

 

O Conselho Espírita do Estado do Rio de Janeiro – CEERJ (Rua dos Inválidos, 182, Centro, Rio de Janeiro) promoveu, na manhã do sábado do dia 26 de janeiro de 2018, o 2º Seminário Estadual do Atendimento Espiritual, com a presença do médico, escritor e orador Dr. Andrei Moreira, abordando o tema "O atendimento fraterno e as questões da sexualidade", para um público em torno de 200 pessoas.

Andrei Moreira é presidente da Associação Médico-Espírita de Minas Gerais (AMEMG) desde 2007, escritor, orador e autor de vários livros. É também coordenador médico e de divulgação da ONG Fraternidade sem Fronteiras.

Zaíra Machado, colaboradora do CEERJ, deu início ao evento, passando a palavra para Jucilene de Lima Castro, coordenadora-adjunta do atendimento espiritual que procedeu a leitura da página “Saber ouvir”, de Joanna de Ângelis, ditada ao médium Divaldo Pereira Franco, contida no livro Sendas Luminosas, capítulo 7.

Em seguida, o gestor da área de educação espírita da federativa, Bruno Lourenço, de forma emocionante, nos trouxe, na prece inicial, uma bela mensagem do Dr. Bezerra de Menezes, através de psicofonia.

Andrei Moreira iniciou explicando que o tema da sexualidade o interessou, principalmente, por ser muito pouco abordado nas casas espíritas e as pessoas, em sua maioria, não estão preparadas para receber as pessoas homossexuais e transgêneros na postura de respeito e inclusão que a proposta espírita preconiza.

Um fato que lhe chamou muito a atenção, ao lançar seus livros sobre o tema, foi a quantidade de pessoas que o procuraram para dizer que estavam afastadas das casas espíritas e da espiritualidade por conta da não acolhida, devido a julgamentos morais e preconceitos de dirigentes e de pessoas que faziam o acolhimento fraterno. O trabalho é de acolhimento integral, na sintonia com o bem, com fraternidade, com uma postura amorosa, de respeito, de escuta, de atenção. Acolher, com empatia e aceitação, é incondicional.

O expositor leu um trecho do Livro Sexo e Destino, de André Luiz, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier – capítulo 5, página 155 - Editora FEB: “(...) no mundo porvindouro trataremos todos no mesmo nível de igualdade e de dignidade humana”. E mencionou o exemplo de Jesus Cristo, Pastor das Almas, que acolhia a todas as criaturas, sendo a nossa maior referência.

Andrei fez um resumo do que é sexo biológico; identidade sexual ou de gênero; uma pessoa cisgênera; transgênera; o que é orientação sexual; homossexual; heterossexual; bissexual; pansexual e ainda o gênero fluido; quer o assexual, para que todos conhecessem essa realidade para bem acolher.

Após um intervalo, com sessão de autógrafos e um delicioso lanche, Andrei retomou o seminário, abordando as crianças “trans” e a importância da família nesse processo de inclusão. Lembrou que ninguém reencarna homo ou trans numa família por acaso. Existe um planejamento reencarnatório, que a resposta à questão 202 do Livro dos Espíritos nos esclarece, destacando que o Espírito escolhe encarnar no corpo de um homem ou de uma mulher, segundo as provas que deve suportar, no entanto, não significam provas inalteráveis, imutáveis.

Depois de responder a perguntas dos presentes e de internautas que assistiram ao evento pela web (espiritismo.net), Andrei chamou a expositora espírita Sônia Hoffmann, que abordou a sexualidade e o acolhimento das pessoas com deficiência. A oradora sugeriu que pensemos na sexualidade e nas deficiências como vias alternativas da expressão da nossa evolução espiritual. (...) Vamos nos vestir de seres humanos, vamos vestir as nossas diferenças e vamos lembrar que somos todos espíritos em evolução, aprendizes da vida.”

 

E sugeriu que nos inspiremos em Jesus, que busquemos Nele força, conexão e inspiração, para nunca pararmos, nunca desistirmos de nós mesmos e do outro, quando percebermos que o preconceito fala mais alto.

Que sacralizemos as nossas experiências de sexualidade com a grandeza do respeito e do amor, da beleza, da compaixão e do acolhimento. “Dai-nos, Senhor, da tua água de beber.”

Compartilhar
Topo
Ainda não tem conta? Cadastre-se AGORA!

Entre na sua conta