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Artigo do Jornal: Jornal Novembro 2020

Sobre o autor

Jacob Melo

Jacob Melo

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Não bastasse Kardec ter sido magnetizador e também trabalhado com sonambulismo desde 35 anos antes de escrever O Livro dos Espíritos, as atuais notícias de que ele seguiu magnetizador até o final de seus dias vem servir de mais um estímulo para que não abandonemos essa Ciência abençoada. Isso está sendo revelado a partir dos arquivos do grande Canuto Abreu, agora abertos para que um grupo de pesquisadores analisem, investiguem e divulguem muitas coisas até então desconhecidas, acerca do grande codificador e de seus estudos e hábitos.

Essa informação é deveras alvissareira, pois nos coloca ante uma realidade que – sabe-se lá por quais motivos – é muito triste: a de que existe um grupo de espíritas que não apreciam e, ao contrário, depreciam o Magnetismo, alguns chegando a dizer que dos livros de Allan Kardec deveriam ser extirpadas a palavra magnetismo, onde quer que ela apareça.

Não! Allan Kardec não mudou de ideia acerca do Magnetismo, assim como não reformulou sua visão acerca do fluido vital ou do princípio vital. Ao contrário disso, ele seguiu tão entusiasmado com o Magnetismo sobre o qual estava em seu projeto escrever um livro – que seria o próximo de sua lavra – exatamente acerca dos laços entre o Magnetismo e o Espiritismo.

Só com essas informações já podemos ser muito enfáticos em repetir que “Allan Kardec seguiu sendo magnetizador”, porém isso seria pouco, pois, na verdade, ele fez muito mais. Em meu livro Reavaliando Verdades Distorcidas, apresento argumentos muito sólidos que mostram, de forma cabal, toda a ligação da Doutrina Espírita com a Ciência do Magnetismo, sem quaisquer senões ou sofismas, argumentos esses completamente lastreados nas suas obras.

Mas eu gostaria de acrescentar ao título deste artigo: certamente ele seguiu e ainda segue sendo magnetizador, como espírito lúcido e de visão, que sempre foi. Por isso mesmo, posso imaginar-lhe algumas lágrimas nos olhos quando, percebendo o que tem feito com a mesma Ciência que ele recomendou, negando-a, ainda que usem, como disfarce que nada esconde, flâmulas que digam “Somos Kardec; Projeto Kardec; Viver Kardec”... Nem sempre, palavras são suficientes para registrar, de fato, reconhecimento e respeito. Atitudes são imperiosas, pois são elas que verdadeiramente traduzem o que se tem na alma.

E, neste mês de outubro, muito se falou do “mês de Kardec”; muito se comemoraram efemérides a ele alusivas, mas parece que quase sempre pouco é o que se realiza em seu nome. Neste ano tem a desculpa da pandemia, mas... e nos outros anos? E que desculpa ofereceremos a própria consciência quando, despojados da carne e voltando a habitar o mundo espiritual, formos convidados a rever o que fizemos e, com destaque, o que deixamos de fazer?!

Fora da caridade não há salvação! Frase de efeito de muitos espíritas. Frase de efeito?!?!?! E não é essa uma frase de Paulo, o apóstolo, a qual o senhor Allan Kardec tão bem destacou em O Evangelho segundo o Espiritismo, como a nos convidar para sermos, no mínimo, mais humanos? Sim... Frase de efeito, pois muitos que a pronunciam menosprezam uma das mais poderosas ferramentas de se realizar essa bênção, essa caridade. E que ferramenta é essa? Não é outra, senão o Magnetismo, o qual o senhor Allan Kardec adotou como “profissão de fé” (1) e que, por mais o tentem, não conseguirão roubar-lhe o justo título: o de magnetizador emérito e que soube, como ninguém, apresentar a face que faltava para que essa Ciência fosse ainda mais ampla.

Estudemos o Magnetismo com Kardec e sejamos mais espíritas! Sigamo-lo também nesse relevante item.

1 Leia-se o artigo O Magnetismo e o Espiritismo, do senhor Allan Kardec, publicado na sua Revista Espírita, edição de março de 1858, onde ele anota sua profissão de fé.

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