Meu pai passou por um processo desencarnatório longo e sofrido. Tendo fumado bastante durante muitos anos, seus pulmões estavam severamente comprometidos, apesar de o coração ter-se mantido firme e pleno ao longo de toda sua existência.
Muito apegado às sensações físicas, rejeitava, peremptoriamente, a ideia de que um dia partiria. Tanto que não costuma ir a velórios ou enterros baseado numa frase que repetia com veemência: “Não vou, pois quem não é visto não é lembrado”.