Sexo, antes de qualquer discussão, é criação Divina! Desde as mais minúsculas e primitivas criaturas, às maiores e modernas, todos foram criados sob algum critério que lhes determina a sexualidade como forma de procriação e prazer.
Por que será, então, que a partir de determinado momento o sexo entre humanos começou a ser tratado como se tivesse deixado de cumprir esse papel, em sua feição natural, e passou a ser tratado como causa ou fonte de desvios, pecados, erros ou gerador de traumas psíquicos e espirituais?
Muito já se escreveu sobre esses aspectos e as teorias se avolumam, mas não temos sido sábios o suficiente para extrair e fixar o melhor disso tudo. Tratados antropológicos são confundidos com literatura sociológica; teorias psíquicas se misturam às buscas de liberdades sem freio; vícios são apontados como regras intocáveis, e bem viver se tornou sinônimo de liberdade sem responsabilidade. Logicamente isso respingaria para todos os lados, inclusive no Magnetismo, até porque o sexo sempre está no meio das discussões humanas.
Afinal, a própria palavra sexo é confundida com suas variantes: definição genésica, definição de gênero, atividade sexual, apetites, libido, sensualidade, prazer...
Neste artigo, não iremos por nenhum desses caminhos, mas visando à forma mais direta da sua existência nos mecanismos do magnetismo prático.
Como pergunta comum, a primeira que surge é quanto tempo o magnetizador deve se abster de atividade sexual de tal forma que não interfira em sua prática. E como resposta bem genérica temos uma evidência muito forte: não existe pesquisa nesse terreno que prove, comprove ou desaprove qualquer teoria.
A despeito de termos mensagens ditas espirituais, recomendando tal ou qual postura, nem mesmo essas são consensuais e, de certa forma, deixam perceber o padrão a que estão submetidas. Logo, seria de se perguntar: como ficamos então; sem qualquer regra, sem qualquer lógica ou raciocínio?
Antes de responder pensemos nesse fato: colocar ou continuar tratando as questões da sexualidade como fonte de pecado, erros e punições no futuro, nos arremete aos padrões antigos onde vigorava o tentar se conter algo pelo medo ou castigo, no lugar do que hoje é mais produtivo e feliz: se orientar e esclarecer. Partindo desse ponto usemos de uma analogia.
Uma pessoa com muita fome tende a comer desmesuradamente. Quando se sacia, seu organismo, se não tiver entrado em pane, pedirá socorro a toda sua estrutura vital a fim de se recompor, como isso sobrecarregando o sistema circulatório, respiratório, neurológico e provocando uma urgente necessidade de repouso extra, dessa forma liberando as reservas energéticas do restante do organismo para se concentrar no processo digestório. O aparelho envolvido e o sistema como um todo precisarão de um tempo para seu refazimento. – Se alguém advogar que o sistema gástrico foi feito para isso mesmo, ou seja, dizer que não é pecado nem errado comer, estará meio certo, pois ainda que tal seja verdadeiro, o excesso descompensou não só a ele, mas a todo o sistema orgânico. Logo não é pelo fato de comer ou não comer e sim o que, o quanto e o como comer que interfere nos sistemas.
Voltemos a questão do sexo antes de uma aplicação magnética. O centro vital genésico é o que, dentre os sete principais, usina (trabalha) os fluidos mais densos. As excitações sexuais, por isso mesmo, disparam as ações energéticas localizadas, e quanto mais intenso e prolongado for o ato sexual, com ou sem orgasmo, maior energética confluirá para aquele centro.
Daí, se além das excitações classificadas como naturais, ou seja, aquelas que não deturpam os princípios éticos em jogo – e que nem sempre se limitam aos que se relacionam diretamente – ainda se imiscuírem desvios morais, como a grande maioria das taras, vícios e lascívias ensejam, o centro genésico terá que entrar numa verdadeira revolução a fim de se harmonizar com o todo.
Nesse ínterim ocorrerá algo semelhante ao que ocorre no sistema gástrico como citado há pouco; um pandemônio energético. Ora, se mesmo depois de um ato sexual natural o centro genésico, assim como o gástrico, pede um certo tempo de refazimento, o que não se dizer de um ato cheio de todos os ingredientes que o sobrecarregarão?
Como visto mais no início, não há nenhuma pesquisa científica que indique o tempo necessário para tal refazimento, mas o bom senso nos diz que pelo menos algumas horas antes seriam conveniente e que, como regra geral, se costuma sugerir algo como um dia, sem que isso deva ser tomado de forma rigorosa ou fechada. Afinal, há situações em que a mente e o desejo de servir compensam eventuais desajustes localizados.
A outra pergunta seria em relação ao paciente. Os raciocínios acima são aplicados, porém como este não irá fazer doação e sim captação e/ou reordenação fluídica, a vantagem seria de o sistema vital estar melhor estruturado para as ações a serem desenvolvidas. Não é que se deva querer saber se o paciente fez ou deixou de fazer sexo, porém se ele souber como melhor dirigir essa parte, terá melhores possibilidades de fazer mais rico proveito. Comparativamente, se um paciente estiver embriagado, com seu sistema vital comprometido, certamente os benefícios que ele auferirá sofrerão grandes perdas, contudo será melhor do que não ser atendido.
Retornaremos ao tema noutro artigo.