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Artigo do Jornal: Jornal Fevereiro 2014

Sobre o autor

Jacob Melo

Jacob Melo

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Quando ouvimos dizer que todo passe é igual e que todos fazem o mesmo efeito, num primeiro momento podemos até não questionar, mas basta pensar que o passe numa criança pequena não deve ser igual ao passe em um idoso debilitado para pormos em dúvida a frase tão comum no meio espírita.

Há sim uma diferença fundamental entre um passe numa pessoa saudável e num idoso, ainda mais quando ele está debilitado.

Enquanto nas crianças o mais comum é apenas se evitar que ocorram concentrados ou congestionamentos fluídicos, nos idosos quase sempre há carência desses fluidos e em quantidades potencialmente grandes. Assim, enquanto naquelas devemos usar dispersivos para protegê-las e desonerá-las de prováveis excessos, nestes quase sempre se pedem concentrados, intercalados e finalizados com técnicas dispersivas para que tanto não ocorram congestionamentos como se distribuam mais eficazmente as captações energéticas. Além disso, os dispersivos aplicados com boa direção, após concentrados, especialmente em pessoas idosas, favorecem a que os prováveis excedentes sejam como que compactados a fim de não congestionarem os centros vitais.

Para o passista menos avisado, todo esse linguajar pode soar estranho ou cheio de considerações excessivas, mas uma simples conversa com um idoso, após este ter recebido um passe magnético com esses cuidados, e rapidamente se coletará informações muito precisas do quão diferente é a ação, o efeito e as consequências positivas deste.

Não costumo anotar procedimentos em minhas sugestões pelo fato de que algumas pessoas tomam quase tudo que é dito de uma forma muito literal e sem considerar que o genérico não significa um procedimento único, pois cada caso pede uma pontuação peculiar. Entretanto ousarei dizer um procedimento mais ou menos padrão, o qual geralmente resulta positivamente e guarda poucas probabilidades de gerar algum dano.

O paciente idoso, sem considerar alguma enfermidade localizada, usualmente apresenta descompensações em alguns centros vitais, os quais pedem sempre uma atenção especial, por mínima que seja.

A senilidade traz em si algumas perdas neurais consideráveis; para ajustar isso, aplicam-se passes dispersivos transversais no coronário (alto da cabeça) com muito poucos concentrados intercalados. Mas é preciso lembrar que o padrão calmante (distante entre 50 cm e 1 m do alto da cabeça) pede ser considerado, pois raramente este foi “manipulado” ao longo de toda existência e isso pode ser um dos causadores da “queima” excessiva de neurônios.

No frontal podemos aliviar as perdas visuais e auditivas, mesmo sem trabalhar os órgãos diretamente responsáveis. No centro frontal pode-se fazer um pouco mais demorados os concentrados, mas é preciso que sejam dispersados com bastante eficiência, pois isso alivia zumbidos e embaçamentos da visão e ajuda na fluência do sistema nervoso.

O laríngeo pede concentrados tanto ativantes (perto) como calmantes (distantes). – Creio que será dispensado dizer que sempre que houver concentrados se aplique igualmente dispersivos.

Nesse ponto (laríngeo) tanto se ajusta a fonação e a respiração como ainda se atua no ponto psicológico que ativa a vontade.

O cardíaco sempre pede cuidados ao ser manipulado, mas que jamais seja deixado de lado. De modo geral, não se deve fazer concentrados ali e dispersá-lo de forma harmoniosa nos níveis (próximo e distante) ativante e calmante é uma saudável obrigação.

Nos centros gástrico e esplênico é necessário que se façam os concentrados com mais profusão do que nos outros centros, ampliando igualmente o número dos dispersivos. Especialmente o esplênico, por ser o responsável direto pelo sistema imunológico, deve receber toda a atenção na qualidade dos concentrados.

O genésico pode e deve ser trabalhado, preferencialmente com dispersivos, se houver muitos fluidos ali concentrados, e um pouco de ativantes, para que a energia vital se equilibre.

Por fim, sendo possível, façam-se passes perpendiculares ao final, preferencialmente nas duas distâncias, ativante e calmante, lembrando de envolver todos os centros vitais.

Tudo isso está muito resumido, mas fica a sugestão de leituras a fim de ir-se assenhoreando do muito saber que está à disposição de quem pretenda ir-se aperfeiçoando nessa verdadeira “arte” de ajudar e curar o próximo.

Vale ainda salientar que um idoso deverá ser instruído a beber água magnetizada diariamente.

Por fim, quero lembrar uma citação de Allan Kardec, em A Gênese, onde ele lembra da possibilidade de até ajudarmos pessoas tidas como em fim de vida:

“... se em tal homem houver apenas aparências de morte, se lhe restar uma vitalidade latente e a Ciência, ou uma ação magnética, conseguir reanimá-lo, para as pessoas esclarecidas ter-se-á dado um fenômeno natural, mas, para o vulgo ignorante, o fato passará por miraculoso”. (grifei). Em A Gênese, cap. 13, item 2.

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