Recebi, de uma amiga evangélica, uma mensagem muito interessante e também muito significativa. Segundo ela, o prefeito João Dória, atual Prefeito de São Paulo, convidou alguns pastores para que o ajudassem a resolver o problema das cracolândias.
O Projeto foi batizado de “Cristolândia” e foi a referência que o Prefeito usou para se basear ao fazer este convite, que pretende recuperar milhares de usuários que estão nas ruas.
Durante algumas semanas, a Cracolândia tem sido notícia em diversos veículos de comunicação. Todos assistimos perplexos a uma ação policial que com atos de total violência, usou bombas de gás lacrimogêneo e armas e cassetetes para conter pessoas que pareciam espectros humanos e que mal podiam se manter sobre as pernas.
Sempre acreditei que, já que as ações governamentais são insuficientes, quanto aos problemas das drogas, deveria haver uma união entre as lideranças religiosas, a fim de que pudéssemos utilizar a religião que cada um professe para promover socorro para os desregrados sociais, independente de disputas de cunho religioso. Não foi essa a mensagem do cristo: “Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo”?
Na literatura médica, encontramos vários relatos de como as drogas podem afetar o organismo de seus usuários de forma devastadora. Segundo médicos e pesquisadores, a droga, ao penetrar no organismo físico do viciado, atinge o aparelho circulatório, o sistema respiratório, o cérebro e as células, principalmente os neurônios. Esta ação pode ser percebida através das alterações no comportamento do viciado, que também estará vinculado a energias menos felizes, oriundas de regiões astrais inferiores. Processos de vampirização também nos são lembrados por instrutores espirituais e sabemos que o problema das drogas, envolve muito mais do que agressões físicas ou internações forçadas. É necessário uma ação conjunta que envolva a cura física e a cura perispiritual, a cura da alma, e é o usuário que precisa retirar de dentro de si as forças necessárias para aceitar a ajuda que lhe é oferecida.
Triste lembrar que o problema, muitas vezes, começa na própria família, que consumindo drogas como o álcool, o cigarro, e diversos medicamentos classificadas como drogas lícitas, induzem os filhos a fazerem o mesmo, cultivando um hábito que pode levar a consequências muito mais graves.
Para nós espíritas, o problema das drogas está intimamente ligado a educação moral. Na questão 685, de O Livro dos Espíritos, está escrito: “Há um elemento, que se não costuma fazer pesar na balança e sem o qual a ciência econômica não passa de simples teoria. Esse elemento é a educação, não a educação intelectual, mas a educação moral.
É na família que está a possibilidade de cura desses espíritos que voltam fragilizados perante a vida, e fica aqui o nosso apelo aos pais. Precisamos educar e nos autoeducarmos, tendo como base os valores morais. Fortaleça os vínculos entre os membros de sua família, crie um ambiente familiar que seja atrativo e aconchegante. Conversem sempre que possível. Apostem nos bons exemplos. Instituam o hábito do Culto no lar. Façam com que seus filhos se sintam bem em sua própria casa e em sua companhia e, se nos esforçarmos para que isso ocorra, sem sobra de dúvidas, em um futuro muito próximo, a “cracolândia” se reverterá na “cristolândia”, tão almejada por cada um de nós!