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Escrito por: Djalma Santos
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A morte é natural e obrigatória para todos os seres humanos, mas o processo que envolve a desencarnação propriamente dito é bem mais complexo, exigindo do viajor da eternidade, habilidade e adestramento, que só uma educação para a morte bem delineada pode estruturar. As marcas longamente fixadas através das experiências da carne, assim como, as emoções vividas com avidez e sofreguidão, provocam ranhuras profundas nos tecidos sutis do "corpo espiritual" (perispírito), impondo a esse corpo de fótons, dependências e necessidades, que a desencarnação não revolve de imediato e nem interrompe o curso normal dos desejos, vícios e paixões.

Exatamente igual ao processo reencarnacionista, em que o perispírito se assenhoreia gradativamente do corpo biológico, assim também ocorre com a desencarnação, que necessita de tempo para que o perispírito possa desvencilhar aos poucos do corpo físico, e essa duração de tempo será tão longa quanto for o apego do espírito às coisas materiais, e tão curto quanto for o seu desprendimento dos bens terrenos deixados na retaguarda da vida.

Na realidade, nunca ocorre nenhum milagre e sim favores que certamente vão influir numa desencarnação calma e tranquila, ou numa desencarnação agitada e dolorosa, dependendo é claro do estado mental de quem desencarna, levando em conta os critérios que acumulou durante a vida ou das dívidas que contraiu junto aos seus semelhantes na jornada terrena.

O rompimento dos laços fluídicos, que prendem o corpo ao espírito, é apenas um passo inicial da demorada iniciativa da desencarnação, porque na realidade o espírito envolvido por impressões de forte teor material, demora-se muitas vezes ao longo do tempo, nas vibrações de forte teor material, demora-se muitas vezes longo tempo nas vibrações em que se ambientou, dentro das diversidades emotivas que passam a aturdi-lo. Quando possui algum conhecimento no campo da religiosidade, ou até mesmo, tem experiências psíquicas e mediúnicas, torna-se bem mais fácil se desvencilhar dos grilhões que geralmente prendem os incautos à retaguarda, readquirindo com rapidez a lucidez e o raciocínio, conquistando uma claridade racional, que automaticamente apressa o mecanismo de libertação desencarnatória.

Assim sendo, a mente imortal é a principal responsável pelo sucesso ou pelo fracasso da morte física, porque cada um morrerá exatamente como viveu, e fica também claro, que são os nossos pensamentos, nossos sentimentos e as nossas experiências no campo da carne que vão determinar a vitória ou a nossa derrota no processo de desencarnação. Hoje, com os estudos realizados pela Doutrina Espírita, a morte já não é mais um ponto de interrogação como antes, mas apenas um estágio entre duas vidas, ou seja, um sono que se completa.

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