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A palavra evangelho é de origem grega e significa: Boa Nova. Evangelista é aquele que tem ou traz a Boa Nova. Mateus, Marcos, Lucas e João. São chamados evangelistas por serem os portadores da boa nova de Jesus Cristo.

O que são os evangelhos? Podemos definir evangelhos também como um resumo do que há de essencial na pregação de Jesus e na sua vida terrena. Não são uma biografia de Jesus. É por isso que esses textos apresentam lacunas, sendo a mais conhecida a que se refere ao tempo de vida de Jesus entre a adolescência e o começo de seu ministério. Qual a mensagem central do evangelho? A leitura dos textos nos mostra a insistência com que Jesus falava, às vezes por parábolas, outras não, do Reino dos Céus ou Reino de Deus.  Este reino é a mensagem básica dos evangelhos. Nota-se que Jesus pretende que cada um de nós, cedo ou tarde, encontre este reino.

Onde estaria o reino? Jesus, na quase totalidade de sua pregação, buscou mostrar como chegar a ele, culminando com a revelação: O Reino de Deus está dentro de nós, ou seja, é um estado interior onde o amor predomina sobre o desamor e o conhecimento sobre a ignorância.

Os Evangelhos Canônicos

A palavra canônico deriva de cânon que significa: lista rol, série. Canônico, portanto, significa: aquilo que faz parte de uma lista. É por este motivo que a Igreja Católica usa a palavra canonização para indicar que certas pessoas foram incluídas na lista dos santos.

Durante muitos anos, existiram muitos textos sobre a vida e atos de Jesus. No século IV, o Papa Dâmaso (382-384) designou um seu consultor para assuntos bíblicos por nome Jerônimo para traduzir os textos da Sagrada Escritura, do grego para o latim. Esta tradução chamou-se vulgata, isto é a Bíblia destinada ao vulgo (povo).

No início de seu trabalho, Jerônimo teve dificuldades porque havia uma grande quantidade de textos. Quais seriam os verdadeiros ou mais próximos da verdade? Jerônimo pergunta ao Papa sobre esta questão e o pontífice lhe disse que seguisse a inspiração. A bem da verdade é bom que se diga que foi Irineu de Lion que viveu no século II AD o primeiro a fazer uma seleção entre os diversos textos evangélicos existentes, denunciando os textos que continha doutrinas que ele julgava heréticas.

São exemplos destes textos os evangelhos apócrifos, a maioria deles de origem gnóstica.

Nós espíritas sabemos que nenhum trabalho de importância para a humanidade, pode ser destituído de interesse para a Espiritualidade Maior. Desse modo, é bastante provável que mentores espirituais, respeitando o livro arbítrio do tradutor, o intuíssem e o auxiliassem em sua tarefa. Daí surgem quatro  textos chamados canônicos e atribuídos a Mateus, Marcos, Lucas e João. Pesquisas modernas alteram esta ordem para: Marcos, Mateus, Lucas e João. Entre esses quatro evangelhos, os três primeiros são chamados sinóticos. Esta palavra significa visão de conjunto em razão das semelhanças que existem entre eles. O quarto Evangelho, tido como escrito por João, filho de Zebedeu e Salomé e chamado de o Discípulo Amado, ficou também conhecido como o Evangelho do Pneuma, ou seja, evangelho do sopro, do vento ou do espírito.   Esta qualificação aponta para a mediunidade de João e tornaria a sua obra um texto de natureza inspirada. Esta mediunidade se confirma amplamente no Apocalipse. A lista continua com textos menos conhecidos.

Os Evangelhos Apócrifos

A palavra apócrifo vem do grego apo + kripto e significa coisa escondida ou oculta. Este texto servia na antiguidade para designar os livros que, se destinavam exclusivamente ao uso privado dos adeptos de uma determina seita ou de algum mistério. Mais tarde, em virtude da crítica dos primeiros padres da Igreja, esta palavra passou a designar livre de origem duvidosa, cuja autoridade não era aceita pela Igreja.

Entre os cristãos, entretanto, tomou nome de apócrifos certos escritos de autoria desconhecida que desenvolviam temas ambíguos, embora se apresentassem como textos sagrados. Por esta razão esses textos passaram a designar textos suspeitos de heresia e pouco recomendáveis.

Os Evangelhos Gnósticos

A palavra gnóstico deriva como já o dissemos em textos anteriores de gnose que quer dizer conhecimento. De um ponto de vista histórico, chama-se gnose um movimento que se manifestou no século II, indo até o século IV e ressurgindo, mais tarde, no Catarismo, heresia aparecida em França no século XII.  O Gnosticismo pode ser compreendido como uma espécie de sincretismo entre os pontos que eram comuns à filosofia grega e ao cristianismo, sem se pensar em uma doutrina filosófica ou religiosa em sentido restrito. Os gnósticos escreveram diversos textos sobre Jesus e sua doutrina que não foram reconhecidos pela Igreja Católica que os colocou na série das obras heréticas ou obras que pregavam uma falsa doutrina, ou um desvio da sã doutrina.

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