Penso que, presentemente, diante das atuais circunstâncias sociais profundamente desiguais, dolorosas e desumanas vigentes em nosso país, certamente muito há com o que nos preocuparmos. Contudo, não basta tão somente a nossa preocupação, nem tão somente nossas ações de assistencialismo, nem mesmo as nossas súplicas a Deus, nossas preces por mais fervorosas, para que tais descalabros, tais atrocidades, tais arbitrariedades, tais autoritarismos e tamanha indiferença e tão grande desrespeito aos direitos humanos sejam sanados, de um modo ou de outro, o mais cedo possível.
Martin Luther King, nos idos da década de 1960, declarava em brilhante discurso: “O que mais preocupa não é nem o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons”. E já em 1857, os Espíritos haviam afirmado a Kardec: “Pela fraqueza dos bons, os maus são intrigantes e audaciosos; os bons são tímidos. Estes, quando quiserem, assumirão a preponderância”. (1)