
Chegará o dia em que esta raça impura e rebelde respirará os ares da paz.
Haverá o instante em que este orbe de iniquidades e vilanias atingirá as esferas do amor e respeito ao próximo.
Veremos o momento no qual todas as injustiças se abaterão e toda a hediondez será banida.
Teremos o tempo em que as armas e baluartes de guerra se fecharão em museus, e as relações humanas receberão definitivos ares de fraternidade.
Ao imediatista, e consequentemente, materialista, estas palavras estão sobre o cume da impropriedade, sendo absolutamente impossível o resgate da sensatez e comunhão de interesses dentre os habitantes do planeta azul. Para estes, o caos instaurado escalará os tempos e demarcará o final da vida terrena, provando as teorias mais mórbidas e pessimistas do problema humano.
É necessário nascer de novo!
Recordemos o Cristo.
O Mestre trazia em si a cura do caos, o caos da doença, o caos da mentira, o caos da hediondez.
Aos coxos, a cura; aos hipócritas, a verdade; aos ofensores, o perdão; aos incrédulos, a prova da vida após a morte.
O Cristo jamais regateou o bem, independente da gravidade dos fatos e intenção dos que Lhe cercavam. Diante da mulher depressiva, o cálice da vida; Aos que Lhe questionam, propõe o desafio da primeira pedra; Àquele lhe bate a face, nova oportunidade; Diante da injustiça própria, a prova do silêncio, aguardando tudo em Deus; Ao soldado que Lhe ferira fatalmente, a cura da doença ocular pelo jorrar do próprio sangue; Aos ímpios que se declararam vitoriosos, a ressurreição.
O Cristo é a representação do amor em ação silenciosa, despretensiosa, porém, contundente. Confunde aqueles que se dão por vencedores, através da paciência, benevolência e tolerância.
Promove a vitória do bem nos instantes de maior gravidade e desespero.
As portas dos umbrais mais densos abriram-se nos últimos 60 anos, permitindo a última oportunidade de revivida, neste orbe, a milhares de espíritos em absoluto desespero, sob transtornos e tormentas diversas. São os chamados “Degradados filhos de Eva”, candidatos a novas paragens espirituais.
Neste contexto a sociedade balança em espetáculos criminosos, o mundo se abala diante da ameaça do terror. Deus é colocado na condição de guerrilheiro vingativo e impiedoso.
Não pensemos que o bem esteja paralisado, a observar o dantesco show que se passa na avenida destes tempos difíceis.
As trombetas tocam, os exércitos do Senhor se reúnem, vindos de outras galáxias, prontos e dispostos a combater o bom combate. Os precursores já encontram-se entre nós.
Não estamos sós. Há várias moradas na casa do Pai.
O universo conspira os ares da mudança, onde o amor triunfará e a paz entre os homens reinará.
Fiquemos firmes. O Cristo encontra-se entre nós sustentando Sua verdade enquanto ainda encontrar a virtude e disposição em nossos corações.
Atravessamos dias difíceis, bem sabemos.
Observamos os corações aflitos que atravessam as portas das Casas Espíritas esfaimados de uma palavra que lhes consolem a vida espiritual miserável, remendadas nas escolhas rotas.
Operamos, nas salas de passe, nos maiores complexos humanos. Podeis afirmar para si, trabalhadores do amor, que auxiliastes na salvação de vidas prestes a optar pelo autoaniquilamento.
Quantos não encontram nos estudos cristãos, traduzidos na verdade espírita, o alento para suportar a pressão do lar e da vida social, a qual se transforma em constante convite ao arrastamento vicioso.
Permaneçam firmes, trabalhando por si e pelo próximo. O Cristo nos mostrou o poder de Deus, diante do caos. Nos comprovou que o túmulo não é vitorioso e que o verdadeiro Reino, não é deste mundo.
Confiem! As iniquidades do mundo, a multidão de pecados, estão recebendo a terapêutica necessária, de acordo com o ritmo dos anos, nas lides do amor.
Paz a todos!