A Terra passa por uma profunda transformação, em que tudo será remodelado: as leis, os costumes, as religiões, as ciências, as artes, a filosofia e a organização das nações, passando pelo livre arbítrio, que é um instrumento divino concedido por Deus para que o homem terrestre possa escolher livremente o seu próprio destino, mas que é apenas a liberdade de escolher e não a capacidade de escolhas. E é exatamente por isso que as pessoas se confundem e pensam que são sábias e seguras, sem se dar conta de que, todas vezes que pensamos ou falamos, estamos nos comprometendo com o bem ou com o mal, numa troca incessante de energias com os nossos semelhantes.
A vida é um processo eterno de escolhas; escolhemos todos os dias, desde a hora em que levantamos após o sono, até a hora de dormir; e até mesmo dormindo, escolhemos as nossas companhias, que aparecem em nossos sonhos, e é exatamente por isso que precisamos ser criteriosos em nossas escolhas; porque vive melhor quem aprende a escolher. De um modo geral, gostamos das escolhas erradas, porque são as que dão maior prazer e, consequentemente, satisfazem os nossos instintos grosseiros; mas chegará uma hora em que teremos de refletir sobre o que estamos fazendo e sobre o que já fizemos, porque no fundo de nossa consciência sabemos perfeitamente o que é certo e o que é errado, mas ainda assim continuamos na prática do mal, devido ao enraizamento do mal em nossos corações, e isso é tão real, que o Apóstolo Paulo confessou em uma de suas Epistolas aos gentios: [...] “o bem que quero, não faço, mas o mal que não quero, esse eu faço, porque não é o mal que está em mim, mas o pecado que está dentro de mim”.
Paulo, o maior seguidor do Cristo de todos os tempos, confessa humildemente que é muito difícil se afastar dos vícios, desejos e paixões, que nos acompanham há séculos e só mesmo um desejo forte, aliado a uma fé inabalável, pode estancar essa sangria de erros e equívocos, aos quais estamos acostumados e viciados. Todo esse acervo de pecados nos leva ao sofrimento e à dor, deixando-nos tristes e desesperados, sem saber o que fazer diante das tempestades, que nós mesmos desencadeamos; mas chegará a hora em que teremos que, obrigatoriamente, ouvir a voz da nossa consciência imortal, nosso advogado, nosso promotor e, principalmente o juiz, que estará sempre conosco, aqui ou no além, julgando, punindo ou absolvendo faltas leves, médias ou graves, provocadas pela nossa intemperança mental.
Aproxima-se o dia que vem raiando de sublime redenção, já aparecendo os primeiros clarões dessa alvorada de luz, de paz, de alegria e felicidade; dessa manhã de risos e esperanças, despontando sob um sol radiante a luz do espiritismo, que vem consolar as almas e iluminar as consciências terrestres, e aproximar a humanidade de Deus. Está chegando o momento da libertação, que só irá com o trabalho, com a prece, silêncio, recolhimento, leitura edificante e o culto no lar.
Precisamos voltar nosso pensamento para Jesus, e o nosso olhar para o alto, pedindo a Deus que nos dê a luz necessária para que possamos compreender suas Leis e seus desígnios, e analisar as luminosas palavras contidas no Evangelho de Jesus. A Terra se aproxima do mundo de Regeneração, sob a supervisão do querido mestre Jesus, apoiando aqueles que se sacrificam para remodelar o Planeta, em especial os que se empenham em divulgar a Doutrina do Consolador, propagando seus ensinamentos. Estamos terminando o ciclo de planeta de provas e expiações, caminhando para a ascensão a mundos superiores.
Referências:
Evolução em dois Mundos, André Luiz – psicografia Chico Xavier.
Evolução para o Terceiro Milênio, Carlos Toledo Rizini.
A Gênese, Allan Kardec.