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Artigo do Jornal: Jornal Setembro 2019

Sobre o autor

Djalma Santos

Djalma Santos

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       Deus é o criador de toda a eternidade, uma espécie de útero cósmico, onde tudo se cria e tudo se transforma, numa progressão homeopática, em que todos os seres da criação, crescem, superam e transcendem, na busca da origem que é Deus.

       Os membros da criação divina, minerais, vegetais, animais e homens, vivem sob a tutela das Leis Divinas, que são permanentes e eternas, e não podem ser adulteradas ou modificadas pelos homens, mas que servem de base, para que os homens elaborem suas próprias Leis, que funcionam como uma espécie de freio, para conter os infratores de todas as modalidades.

       Alan Kardec, deixou claro nos livros da Codificação da Doutrina Espírita, que o homem terreno é composto por três elementos: Espírito, Perispírito e Corpo Físico. O espírito é a individualidade eterna, o Perispírito é o intermediário entre o Espírito e o Corpo físico, e o Corpo Físico é o instrumento utilizado pelo Espírito imortal nas suas experiências terrenas.

       Especialistas na área da espiritualidade, autores de livros encarnados e desencarnados, apontam para um outro elemento na estrutura do homem, que seria o chamado “Corpo Etérico”, citado em algumas religiões espiritualistas, e que funcionaria como intermediário entre o Perispírito e o Corpo físico, mas não possui existência própria, e se desintegra com a morte do Corpo Físico. É um Corpo vaporoso, fluídico, semelhante ao Corpo Carnal, e está ajustado as energias vitais que circulam no veículo carnal, fornecendo valiosas informações sobre o estado saúde física de seu detentor.

       Sua função maior, é absorver energias vitais do meio ambiente, distribuindo-as equitativamente no cerne da eletricidade biológica humana, envolvendo órgãos e sistemas em eflúvios próprios, permitindo diagnóstico precoce, de enfermidades que ainda vão acontecer. Nos suicidas, quando ainda está pleno de energias vitais, ele permanece ao Perispírito e aos despojos mortais, provocando uma espécie de repercussão do que está ocorrendo com a matéria, ou seja, a decomposição provocada pelo calor da terra e pelos vermes, que afloram depois do fenômeno “morte”.

       Quando o Espírito se afasta do Corpo físico, através do desprendimento ou desdobramento, em estado sonambúlico natural ou provocado por um magnetizador, ele leva consigo o Perispírito, e o Duplo Etérico também pode se afastar, em determinadas circunstâncias, e quando isso ocorre, o Corpo Carnal, sofre uma queda nas funções vitais; uma queda de temperatura, como se diminuísse o combustível fluídico ligado ao corpo. Na realidade, o Duplo Etérico, é formado por emanações neuropsíquicas pertencente ao Corpo Físico, e exatamente por isso, ele acompanha os despojos mortais, quando a pessoa atravessa as águas enigmáticas do rio da morte.

       Estudos recentes, comprovam que uma ação magnética, os passes, a hipnose, a anestesia, os acidentes, ou transes mediúnicos, podem afastar o Duplo Etérico do Corpo Físico, e isso justifica as chamadas aparições de pessoas após o falecimento, vulgarmente chamadas de “assombrações”, mas que na realidade, é uma apresentação vaporosa e rápida do Duplo Etérico com a forma física do desencarnado.

       A energia provocada pelo Espírito Imortal é sutilíssima e desagregadora, mais forte que a energia nuclear, e o Perispírito recebe essa carga eletromagnética e a suaviza, antes de repassar ao Corpo Carnal, com a ajuda do Duplo Etérico que está mais próximo do Corpo Físico, ou seja, servindo de intermediário na transição do Perispírito para o Corpo Físico. Nos dias de hoje, alguns especialistas na área da energia etérica, dizem que este Duplo Etérico, seria a chamada “Aura Humana”, já fotografada pelo método “Kirlian”.

       Para os Espíritos que estão encarnados em experiência terrestre, o sangue, é uma espécie de combustível, que movimenta e vitaliza o Corpo Físico, além de provocar o dinamismo perispiritual; movimenta o alimento celular, o oxigênio, o gás carbônico, enzimas, hormônios, elementos de defesa do organismo, linfa, constituindo-se num elemento que contém o Tônus Vital, ou seja, os fluidos que energizam e vitalizam as células materiais e perispirituais.

       Os encarnados que mergulham nas viciações abusivas, tais como sexo, as drogas, a glutonaria, o tabagismo, o álcool, tornando-se escravos dos vícios, atravessam a existência carnal encharcando-se diante das exigências e atendimento de apetites grosseiros, tornando-se carentes de energias mais sutis, de vez que os seus períspiritos se acostumam a fluidos pesados, os únicos que satisfazem a materialidade quase palpável das energias que circulam no Corpo Físico.

       Chegam no outro lado da vida depois da morte, com a mesma dependência que possuíam enquanto vivos, porque a satisfação dos desejos são exigências da alma e não do corpo, e por isso, são atraídos magneticamente para zonas específicas da erraticidade, onde podem se locupletar com outros parceiros de infortúnio, com se encarnados fosse, exercitando de alguma forma o “vampirismo” entre os desencarnados. Com a mente refletindo constantemente os desejos, vícios e paixões, os resquícios da vida física alimentam essas zonas de difícil acesso e de perigosa estadia, para os incautos do mundo espiritual.

       Nessas regiões sombrias do astral inferior, os espíritos viciados em sexo, drogas, álcool, e demais viciações da vida física, se busca e se locupletam como e fossem encarnados, numa ilusão que pode durar dias, meses, anos ou décadas, num processo simbiótico terrível de parceria. No entanto, as sensações vividas por um espírito viciado do outro lado da vida, não tem a intensidade aqui da Terra, porque sendo o períspirito formado por matéria sutil, dificulta a absorção e atenuante, desacelerador ou inibidor do prazer a ser obtido.

Os desencarnados viciados no além, vivem na condição de famintos de vitalidade que possuíam enquanto vivos; obsecados pela necessidade do Tônus Vital perdido com a morte, e que permanece no sangue humano dos encarnados, surgindo daí o “vampirismo”, uma busca constante nos encarnados, e principalmente nos recém desencarnados, que durante algum tempo, permanecem com uma certa cota de Tônus Vital, que só desaparece depois de algumas horas depois da morte do corpo físico.

Os chamados “vampiros” do espaço, são principais responsáveis pelas guerras, homicídios, suicídios, agressões físicas e morais, torturas e todo procedimento onde o sangue possa ser negociado, pela invigilância nas ideias, nas experiências, pensamentos, vícios, desejos e paixões. A fúria dos desencarnados me busca do Tônus Vital é tão intensa, que quando não consegue tirá-lo do ser humano, ele parte para o sangue dos animais abatidos em matadouros, onde há um fluxo muito grande de desencarnados na busca desse alimento fluídico.

É interessante observar que nem todos os viciados em fumo, álcool, sexo, drogas ou outras modalidades de viciações são “vampiros”. Porque existem alma boníssimas, que são aguardadas e recepcionadas no mundo espiritual, por ocasião do desencarne, levando marcas de vícios no Perispírito, mas que devido ao comportamento, a ética e a religiosidade apresentada, e também, a convivência pacífica com os semelhantes, atuam como atenuantes, e dependem apenas de um pequeno esforço, para se desvencilhares desses corrosivos da alma imortal.

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