Em conceito amplo, panaceia é vocábulo atribuído àquilo que curaria todas as coisas.
Quando surgiu, o Magnetismo foi muito propalado como uma panaceia, denotando que seus aplicadores sentiam a força do que traziam em mãos, literalmente. Porém, como os resultados e os alcances não se apresentaram com os mesmos potenciais de cura, alguns chegando até a resultados contrários ou contraditórios, junto com a desilusão de alguns e a inflexibilidade de outros, logo se decidiu por destituí-lo do posto.
Na verdade, não seria possível qualificar o Magnetismo Humano como uma panaceia, do mesmo modo que não podemos comparar sentimentos e emoções, já que tudo passa não apenas pela intimidade e individualidade única de cada ser, mas também porque na aplicação prática do Magnetismo Humano há uma infinidade enorme de valores que repercutem profundamente nos resultados das ações magnéticas.
Como o paciente recebe, emocional e fisicamente, os fluidos, como ele se comporta após receber sua carga fluídica, como o magnetizador realizou a relação magnética, o tato magnético, a real intensão empregada nas aplicações, nos fatores tempo, distância, velocidade, nas técnicas empregadas, enfim, são tantas as variantes que seria deveras impraticável se imaginar uma uniformidade que resultasse em padrões objetivos e únicos. Se até mesmo a química dos remédios não apresenta os mesmos resultados quando aplicados em situações praticamente iguais, por que seria diferente com o Magnetismo, especialmente quando considerado que a ação deste é muito mais sutil do que a daqueles?
Mas eu costumo dizer uma coisa que se assemelha a afirmar que o Magnetismo Humano é uma panaceia sim. E o que eu digo? O seguinte: o Magnetismo Humano pode curar tudo sim, mas nem sempre temos os magnetizadores capacitados para tal. É aí que reside o problema; não nos habilitamos para as grandes curas, os grandes feitos magnéticos.
Ainda quando considerarmos que cada criatura tenha potenciais diferentes, habilidades peculiares, emissões fluídicas bem características e vibrações bastante particulares, se nossos fluidos forem de tal ordem que atinjam os pontos apropriados e de forma igualmente apropriada, ainda mesmo que o paciente dificulte a ação do magnetizador, as probabilidades de cura ou melhoria serão enormes. Quando nossos fluidos atingirem pontos de valência mais altos do que os fatores que provocam as doenças, aí então estaremos entrando nesse mundo novo da real panaceia.
Atualmente ainda lidamos com magnetizadores frágeis, tanto em decisão em prol dos trabalhos como de vigilância acerca do próprio comportamento. Afora isso há de ser considerado o baixo nível de estudos, pesquisas e experimentações, associado a uma insegurança imatura, proveniente de disse-me-disse que geralmente cerca essas atividades.
O leitor deve estar percebendo que aqui estou basicamente me referindo aos magnetizadores mesmo e não aos passistas em geral, pois dentre esses são muitos os que ainda não se dispuseram ao estudo mais aprofundado do tema bem como a aplicarem os fluidos conforme deve ser feito. Pois então; se aos magnetizadores pesa tudo o que venho refletindo, o que se esperar desses outros, os quais ainda deverão aprimorar suas práticas? Seriam seus passes essa panaceia de que vimos falando? Ou a Divindade seguirá esperando muito tempo ainda até que um dia despertemos para os verdadeiros compromissos que temos com o Bem?
Nosso dever é seguir em frente, pois o Bem conta com todos os trabalhadores de vontade. Mas no dia em que, seguindo o preceito de Jesus, ao colocarmos a mão na charrua não mais olharmos para trás (Novo Testamente, em Lucas, cap. IX, verso 61), a partir de então entraremos numa nova era de sucessos e vitórias. Nisso nada há do que o sentido popular enseje, mas sim revestido com o sentido profundo de Vida, de Amor, de Trabalho e de Servir.