Desde as mais priscas eras, que o espírito imortal, esse viajor incansável da eternidade, esse nômade do espaço, esse andarilho do infinito, coberto pela roupagem terrestre, convive com as curas ditas espirituais, executadas por pessoas dotadas de magnetismo, que no passado eram rotuladas de feiticeiros, bruxas, magos, e outras denominações, mas sempre com o foco da cura de males, que a medicina tradicional não conseguia realizar.
Os chamados iniciados, feiticeiros, magos e bruxas, na realidade, não possuíam poderes excepcionais, e sim, companheiros e companheiras dotados de mediunidade, ainda pouco conhecida naquela época, e só praticada por membros de doutrinas secretas, sem o conhecimento ou presença de pessoas comuns, que viam nesses magnetizadores a possibilidade do milagre, tão comum e divulgado em tempos remotos.
Seguidores e mestres em ocultismo, médiuns da antiguidade e curandeiros, atribuíam a si próprios poderes divinos, como também insistiam que eram representantes de divindades, e toda a teoria emitida para explicar os métodos de cura, passava impreterivelmente pelo misticismo, pelos rituais, pelas oferendas e demais tipos de credos, criados por aqueles que detinham o poder temporal do magnetismo humano, que era na época totalmente desconhecido do homem terrestre.
A natureza humana sempre foi igual em qualquer parte do mundo, e em todos os tempos, o que sempre fez a diferença, é a forma como a humanidade se movimenta na busca do seu real destino. As vezes caminha devagar e com dificuldade, e de outras vezes avançando com rapidez e segurança, devido a fatores internos e externos criados pelo próprio homem que, ao adquirir sabedoria, adquire também o poder, inclusive o de curar através do magnetismo, nada tradicional.
A cura espiritual é realizada através da aplicação do fluído magnético, que todo ser humano possui em menor ou maior quantidade, e que pode ser exsudado pelas mãos, pelos olhos, pela boca, e até pelo pensamento contínuo, que quando emitido com força, atinge o alvo com precisão incrível, atuando como bálsamo ou prejudicando o funcionamento das células do corpo físico. O passe magnético aplicado pela força mediúnica ou anímica, possui um efeito curativo que não encontra contestação, nem mesmo em religiões contrárias ao Espiritismo. Várias doutrinas espiritualistas utilizam o passe magnético com nomes diferentes, sem que isso retire dessa ação curativa seu poder real, com a mesma força de cura, apesar da denominação diferente e o mesmo acontece com a água fluidificada, que é a mesma da Igreja Tradicional.
O poder maior ou menor de cura, estará sempre vinculado a força do pensamento contínuo, ao desejo ardente de ajudar o próximo, e principalmente a estrutura moral de quem aplica a ação magnética; sendo a pessoa simples e sem instrução ou altamente intelectualizada, pois o que importa nos processos de cura magnética, é a ação forte de uma vontade interna voltada para o bem dos semelhantes. Não existe monopólio nas forças que regem a natureza em que vivemos; todos possuem esses recursos magnéticos de cura, e se a maioria não consegue curar ninguém, pode se atribuir a culpa delas mesmas, que não se interessam em desenvolver esses poderes psíquicos inerentes a próprio homem, e de grande utilidade como medicina alternativa nos dias tumultuados de hoje, em que o homem necessita muito mais da medicina espiritual do que da física.
A medicina espiritual não substitui a medicina física, que tem sua ação específica, e deve sempre ser consultada, porque os médicos encarregados de aplica-la, formaram-se em Universidades para isso, sendo portanto necessário que o doente, mesmo se tratando com a medicina espiritual, faça todo os exames exigidos pelos médicos, cumprindo as regras referentes ao corpo físico, e que servem de auxílio na cura espiritual. Muitos especialistas em cura espiritual, contam sempre com o concurso de Entidades Espirituais, que quando vivas, exerceram a profissão de médicos, farmacêuticos, veterinários e enfermeiros, sendo que muitos deles especializados em cirurgia, enfermidades de difícil diagnóstico e difícil cura.
Esses espíritos enobrecidos e caridosos da área da medicina tradicional, aproximam-se de médiuns que com eles se afinam, e iniciam um processo de intuição e sugestão, ou até mesmo intervenções diretas, ou ainda, cirurgia de alta tecnologia, em que o médium utiliza de ferramentas rústicas, e muitas vezes sem a assepsia necessária para qualquer tipo de operação. Médiuns de todas as épocas exercitaram com sucesso, a modalidade mediúnica de cura, incluindo as intervenções cirúrgicas, e o mais famoso deles, foi sem dúvida o médium brasileiro conhecido como Zé Arigó, que curava usando apenas as mãos, ou no caso de cirurgia um pequeno canivete, arma branca muito conhecida nas cidades do interior do Brasil.
Jesus foi o maior médium de todos os tempos e usou seu magnetismo para curar centenas de pessoas, dentre elas o cego de Jericó; o homem da mão mirrada; o endemoninhado gadareno; a mulher hemorroissa e a sogra de Pedro, sempre utilizando as mãos e seu fluido magnético de poder incontestável.