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Artigo do Jornal: Jornal Agosto 2018

Sobre o autor

Cláudio Sinoti

Cláudio Sinoti

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A vida de Jesus, sob qualquer aspecto que seja observada, revela a grandeza desse Homem singular. Historicamente, dividiu as eras da humanidade, instaurando um novo paradigma para o ser humano. Sociologicamente, tornou-se um fenômeno ao influenciar o comportamento de multidões ao longo da história. Sob o ponto de vista da comunicação, é espantoso verificar que, mesmo sem ter nada escrito e utilizando-se de recursos mínimos, deixou gravada sua história através dos milênios. Cientificamente, seus atos e “milagres” permanecem sendo objeto de estudos e discussões, manifestando a grandeza daquele que dominava as forças da natureza como ninguém.

A Psicologia, buscando entender a mente e o comportamento humano, não pôde deixar de buscar compreendê-lO, mesmo que as diversas correntes chegassem a conclusões variadas. Na observação de Carl Gustav Jung, pai da Psicologia Analítica, o Cristo se estabelece como símbolo do Self, representando a realização plena da personalidade humana. Mais recentemente, os psicólogos Hanna Wolff e Mark Baker aprofundaram o olhar sobre esse sublime Psicoterapeuta, e sem tentar limitá-lO na visão psicológica, chegam à conclusão de que a ação de Jesus no campo psicológico estabelece-se como a mais profunda psicoterapia de que já se teve notícia, porquanto não eram somente suas palavras e técnicas que produziam transformação em seus “pacientes”, mas principalmente Sua personalidade e a força que d’Ele irradiava.

O Espírito Joanna de Ângelis, através da psicografia de Divaldo Franco, celebrando o segundo milênio da era cristã lançou a obra “Jesus e o Evangelho à luz da Psicologia Profunda”, na qual estabelece que “Jesus é o mais notável Ser da História da Humanidade”.

O princípio essencial da Sua psicoterapia foi o Amor, contrapondo-se à sombra do poder que dominava (e ainda domina) o comportamento humano, escravizando o indivíduo ao próprio ego imaturo. E para exemplificar a força amorosa de que era portador, utilizava-se de todas as oportunidades que dispunha. Sua polaridade amorosa expressava-se desde a mais profunda compaixão, tal qual encontramos no acolhimento da “Mulher Adúltera”, quando Sua Anima (que a psicologia junguiana apresenta como a polaridade feminina do homem) reergueu aquela mulher acusada por todos, na hipocrisia que os tornava acusadores ... até o amor enérgico (Animus), que expressou-se desafiando aqueles que a acusavam para que atirassem a primeira pedra, se estivessem isentos de pecado.

O Seu “consultório” não possuía endereço fixo, estabelecendo-se em todas as partes em que Ele se encontrava, seja nos montes, nas praças, no mar, nas embarcações ou nos diálogos reservados. Não utilizava de técnicas restritas para que o “paciente” se lhe revelasse, porquanto radiografava a alma em pontos que o próprio enfermo desconhecia ou tentava dissimular. Assim fez com a “Mulher Samaritana”, revelando-lhe o histórico de relacionamentos, sem que com isso a julgasse ou deixasse de atendê-la na sua real necessidade : a “água viva”, aquela que sacia a sede na alma e nos impulsiona à real transformação.

Isento de ansiedades, deixava que aqueles que o procuravam fizessem a catarse, liberando os conflitos do inconsciente, para que pudessem receber a psicoterapia libertadora. Pedro aprendeu as lições do perdão, transformando sua vida a ponto de doá-la em nome do Mestre. Zaqueu, visto com desconfiança por todos e possuidor de complexo de inferioridade por conta da baixa estatura, teve sua autoestima aprimorada ao receber o olhar e convite do próprio Mestre, e “descendo” da árvore cresceu em amorosidade, distribuindo seus fartos valores monetários para com os necessitados.

São inúmeros os exemplos desse Homem notável, que sendo o “modelo e guia da humanidade”, também na Psicologia transformou-se em paradigma a ser não somente estudado, mas principalmente vivenciado para que a história possa adentrar-se pelo novo milênio deixando para trás a sombra do Poder, instaurando definitivamente a Era do Amor. Por isso mesmo, merece um estudo atento a obra de Joanna de Ângelis, que nos alerta que  “sob qualquer aspecto considerado, o Seu Testamento – O Evangelho – é o mais belo poema de esperanças e consolações de que se tem notícia. Concomitantemente, é precioso tratado de psicoterapia contemporânea para os incontáveis males que afligem a criatura e a Humanidade.”


1 Título da obra de Joanna de Ângelis (Espírito)/Divaldo Franco (médium). Leal Editora: 2000.

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