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Artigo do Jornal: Jornal Fevereiro 2018

Sobre o autor

Djalma Santos

Djalma Santos

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       Talvez, um dos maiores mistérios que envolvem o homem terreno seja a estrutura íntima do espírito imortal, esse viajor incansável da eternidade, esse nômade do espaço, esse andarilho do infinito, pois, até os dias de hoje, a ciência ainda não descobriu seu campo energético, simplesmente porque o espírito existe numa dimensão que o instrumental científico não alcança, o que nos leva a crer que o extra físico, ainda, é proibido para homem e, só mesmo quando alcançarmos um nível evolutivo superior, teremos acesso a esse mistério divino que tanto nos incomoda na vida física.

       Os cientistas terrestres têm conhecimento do pouco que sabem a respeito do espírito; mas, nem por isso, deixam de estudar e pesquisar essa realidade de Deus, que sobrevive ao impacto da morte, prosseguindo em sua jornada milenar na direção das estrelas, em novas dimensões do espaço infinito. Não temos, contudo, absoluta certeza de como vivem, se alimentam e respiram, já que as notícias que nos chegam, pelos livros, mensagens mediúnicas e outras formas de comunicação, são vagas e incompletas, necessitando de confirmação, o que parece impossível no nosso estágio atual.

       O que sabemos, de concreto, é que o espírito imortal possui um corpo físico e um corpo intermediário, que Alan Kardec chamou de “períspirito”. É através desse corpo de fótons, de energia diferenciada, que o espírito transmite as ordens ao corpo físico e, assim como o espírito, ele também não sofre as consequências da morte e acompanha o espirito depois da desencarnação, tornando-se o novo instrumento do espírito no mundo dos pensamentos, no mundo mental.

       O doutor Ernani de Guimarães Andrade, PhD em Física, escritor espírita com vários livros publicados, já falecido, diz em um de seus livros, não afirmando, mas apresentando uma probabilidade, que o espírito imortal seria formado por “partículas de maidon”, do inglês mind, ou seja, partículas da mente, o que até certo ponto faz sentido, porque quase todos escritores, filósofos e pensadores afirmam que a mente humana e espírito são a mesma coisa, estabelecendo apenas a diferença de mente encarnada e mente desencarnada.

       Atualmente, os cientistas trabalham com a pesquisa da “antimatéria” na esperança de que a ciência esteja cada vez mais perto desse grande enigma. Tendo em vista as revelações feitas pela Física Quântica, da Física Nuclear, da Astronomia e da Astronáutica, descobriram que a “Unidade Fundamental do Universo” desdobra-se na diversidade de planos e dimensões, que se interpenetram e completam.

O homem terrestre já foi à Lua, já fotografou Marte e Vênus e se lança para investigar, por meio de sondas engenhosas, a grandeza de Júpiter, de Saturno e de Urano; todavia, não podem captar mais do que suas máquinas possam medir e pesar. Nesses planetas do no sistema solar, o homem não encontrará nada que o deslumbre, nem verá civilizações que se assemelhem à sua; no entanto, apesar da visão desértica que esses Planetas oferecem aos olhos humanos, a vida palpita, sublime, nessas paragens siderais do infinito de Deus.

       É por intermédio da ação do tempo que os caminhos vão se abrindo à mais elevada compreensão humana, ao preço do trabalho, perseverança e religiosidade, estabelecendo conquistas preparatórias e significativas, que vão aplainar as dificuldades e amealhar vitórias no campo da matéria e do espírito. Uma dessas vitórias foi a transmissão de hologramas sem usar o raio laser, pelos cientistas da Universidade de Loughborough, como também a transmissão de imagens tridimensionais, a cores e preto e branco, pelo cientista soviético Ignaty, usando um sistema de lentes especiais e telas metálicas.

       O homem terreno tem conhecimento de que o espírito imortal é a geratriz de todas as energias que circulam no “corpo espiritual” (períspirito) e no corpo físico, e de que essas energias formam em volta do espírito um centro eletromagnético, que os cientistas chamam de “aura humana”. E é dentro dessa túnica eletromagnética (ou “aura humana”) onde o espírito imortal se movimenta aqui ou no além, servindo também de arquivo confidencial de todas as experiências vividas pelo espírito, detendo tudo, mas só liberando o que é necessário para o aprendizado e a evolução do ser.

       O centro eletromagnético (ou “aura humana”) é construída por ele mesmo e é, em síntese, uma transformadora excelente de energias, não só para si, mas principalmente para os outros, funcionando como se fosse uma complexa usina de forças, ajustada a trilhões e trilhões de usinas, que são os nossos semelhantes, numa troca incessante de energias, em que o emissor só é beneficiado quando emite o que é bom. Na grande economia da vida, o espírito imortal luta para crescer, superar e transcender, a fim de beneficiar aqueles com os quais, direta ou indiretamente, se afina, provocando transformação nos outros, atraindo simpatias e laços fraternos, que serão, indubitavelmente, a moeda de troca depois que atravessarmos as águas enigmáticas do “rio da morte”.

       Para que possamos entender o espírito imortal, precisaremos primeiro entender Deus, porque é uma chispa divina, uma herança do poder de Deus, uma gota no oceano do infinito, um grão de areia nas ribeiras da eternidade, uma partícula sagrada da chama cósmica, enfim, a causa da nossa evolução, por meio das reencarnações sucessivas das idades e do tempo. O máximo que sabemos do espírito imortal é o fato de ser indestrutível, não poder morrer, ser eterno enquanto Deus e surgir no Universo como um “princípio espiritual”, estagiando nos minerais, vegetais, animais e finalmente no homem. Como bem diz a assertiva de Leon Denis, em um de seus livros: “O espirito dorme na pedra, sonha no vegetal, movimenta-se no animal e acorda no homem”.

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