
Entre os espíritas é muito comum se perceber que algumas respostas parecem como se fossem “coringas”, pois servem a quase tudo. Por exemplo: se alguém diz que anda muito abatido e sem ânimo; se outra pessoa afirma que nada tem dado certo; e se uma outra criatura diz que está pensando em se matar, como resposta explicativa, a todas elas, se apresenta a frase: “são os obsessores”. Um outro exemplo seria: alguém dizer que não sabe porque sofre tanto; outrem diz que faz tudo certo, mas a vida sempre se apresenta cheia de fatalidades; e um terceiro garante que há explicação para um ser nascer cheio de deformidades; a resposta de encaixe é que tudo é efeito da lei de ação e reação, a qual se faz presente nas reencarnações.
Não é que sejam destituídas de razão, mas, quando bem analisadas, essas questões certamente pedirão alguns “ajustes finos” para se fazerem melhor entendidas e, quem sabe, até melhor aceitas.
Mas vejamos esse tipo de indagação:
Os encontros, que costumam dar-se, de algumas pessoas e que comumente se atribuem ao acaso, não serão efeito de uma certa relação de simpatia?
Por favor; releia a questão e imagine sua resposta, aquela resposta que vem de dentro de sua alma.
Muito bem. Agora ajuste sua resposta a esta aqui:
“Entre os seres pensantes há ligação que ainda não conheceis. O Magnetismo é o piloto desta ciência, que mais tarde compreendereis melhor”.
Será que você tinha pensado em Magnetismo quando foi levado a pensar nas relações de simpatia? E mais: será que pensou que este é a base de uma ciência, a qual também cuida dos relacionamentos humanos?
A essas alturas você já deve ter percebido que aquela pergunta está formulada em O Livro dos Espíritos; se trata da de número 388. Pois aí é que está; em vez dos Espíritos dizerem que essas relações são reencontros reencarnatórios, eles elegeram o Magnetismo como a chave para o entendimento dessa problemática. Porém, eles disseram que um dia compreenderíamos melhor essa ciência, contudo, inadvertida ou descuidadamente, nós a mutilamos e praticamente a encarceramos nas masmorras da ignorância. Então, o que sobrou para explicar a problemática dos relacionamentos? Um monte de “eu acho”, baseado em hipóteses de reencarnações desestruturadas ou simples aplicação da Lei.
Acredito que você que me lê já deve ter conhecido alguém que ama e vive com outro ser que lhe ama em reciprocidade, mas que vivem às turras. Alguns deles passam, de tempos em tempos, pelo casa, separa, casa, separa. E por que isso? Porque se amam, muito embora o convívio próximo chegue perto do insuportável. Quando se separam descobrem que não vivem um sem o outro, mas quando se juntam tudo volta às mesmas. Mas... Se não há um motivo real que justifique isso, o que será que estará dando base a tantos desencontros? A se acreditar na resposta dos Espíritos, muito provavelmente nos depararemos com as chamadas antipatias magnéticas ou fluídicas. E o que seriam essas coisas? Seria um novo nome dado aos obsessores?
Sabemos que todo ser vivo emite campos vitais peculiares. No ser humano, por sua capacidade de pensar, elaborar raciocínios e mover sentimentos e paixões, o chamado “halo vital” irradia ondas de frequências variadas, estas dependendo das bases orgânicas e psíquicas de cada ser. Com isso surgem, naturalmente, emissões as mais variadas possíveis, sendo que algumas delas são tecnicamente pouco compatíveis, daí advindo repulsões sentidas pelos que vibram nessas faixas discrepantes, porém são classificadas como de origem desconhecidas. Pois é na base disso tudo que o Magnetismo se faz senhor das circunstâncias.
E como saber se é esse o caso? Simplesmente buscando-se conhecer essa ciência, “que um dia conheceríamos melhor”. Sim... Mas e se eu estiver vivendo essa situação, o que devo fazer?
Não daria para responder amplamente neste artigo, mas aqui vai uma dica preciosa: use técnicas dispersivas gerais em seu parceiro e peça que ele faça o mesmo em você. Algumas sessões de uns 15 a 20 minutos cada, metade cada um fazendo um no outro, logo perceberá que o clima muda e as tensões parece que se evaporam... E então; vamos testar? Vamos tentar?