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Artigo do Jornal: Jornal Março 2015

Sobre o autor

Cláudio Conti

Cláudio Conti

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O mundo da ficção cinematográfica sempre foi profícuo em inventar tecnologias e eventos "científicos" dos mais diversos. Filmes e seriados sobre viagem no tempo foram os grandes preferidos por instigar a imaginação, sem contar com a enorme diversidade de estórias que ficam à disposição do autor, pois as produções não ficavam restritas à situação do momento em que foram criadas, mas tanto do passado quando do futuro imaginado. Como exemplos, podemos citar os filmes: O Túnel do Tempo, O Vingador do Futuro, De Volta para o Passado e De Volta para o Futuro.

Algumas teorias no campo da Física demonstram a possibilidade de realmente se viajar no tempo, sendo a Teoria da Relatividade a que mais contribuiu nesta área. Todavia, ainda existe a impossibilidade de condição material para que seja efetivamente testada.

Contudo, ainda se trata de um tema polêmico no meio científico, aceito por uns e repudiado por outros, como é de se esperar por se tratar de assuntos que se localizam na fronteira do conhecimento. Somente com a evolução da ciência é que esta fronteira vai, gradativamente, se expandindo e teorias podem ser comprovadas ou categoricamente refutadas.

Um comentário muito interessante pode ser encontrado no livro O Universo Numa Casca de Noz, de Stephen Hawking, demonstrando o cuidado necessário sobre temas que não são completamente conhecidos. O autor inicia o capítulo que trata sobre viagem no tempo contando uma história sobre várias apostas, entre ele e um colega de nome Kip, sobre assuntos polêmicos no ramo da Física e termina o capítulo dizendo o seguinte: “Como bons jogadores, Kip e eu gostamos de apostar em peculiaridades como essa. O problema é que não podemos apostar um contra o outro, por estarmos agora do mesmo lado. Em compensação, eu não apostaria com mais ninguém. Ele poderia ser do futuro e saber que as viagens no tempo funcionam.”

Outro tema polêmico é a existência de vida em outros planetas. Muitos defendem a tese veementemente, enquanto outros a tratam com inteiro descaso. A ciência não comprova, apesar de existirem esforços nesta direção, mas também não a descarta. Contudo, já se enviaram sondas ao planeta Marte e não se detectou a existência de vida por lá; assim como Júpiter que é um planeta gasoso e possui uma atmosfera inóspita à vida como a conhecemos.

Assim, já houve casos em palestras públicas realizadas em casas espíritas em que, ao se afirmar a existência de vida nestes planetas do nosso sistema solar, que são mais conhecidos no meio espírita, causou desconforto e descrença do Espiritismo naqueles menos afeitos aos seus conceitos, especialmente naqueles que aportam à casa espírita pela primeira vez e, por motivos como o exposto, muitos não retornam.

Existem muitas coisas que não sabemos, que ainda não tivemos condições de observar, mesmo com toda a tecnologia disponível. Pode parecer estranho, mas ainda existem espécies de animais que não conhecemos, até mesmo espécies grandes.

Em 1961, o astrônomo e astrofísico americano Frank Drake, desenvolveu uma equação, que ficou conhecida por “Equação de Drake”, para estimar a quantidade de civilizações existentes em nossa galáxia, a Via Láctea, com conhecimento e tecnologia suficientes para se comunicarem conosco. A Equação de Drake é descrita como (1):

N = (R*) x (fp) x (nT) x (fv) x (fi) x (fc) x (t)

Onde: N = número de civilizações em nossa Galáxia capazes de se comunicar; R* = taxa de formação de estrelas na Galáxia; fp = fração provável de estrelas que têm planetas; nT = número de planetas ou luas com condições parecidas com as da Terra; fv = fração provável de planetas que abrigam vida; fi = fração provável de planetas que desenvolveram vida inteligente; fc = fração de espécies inteligentes que podem e querem se comunicar; t = tempo de vida de tal civilização.

Muitas das variáveis presentes na Equação de Drake são subjetivas e os valores utilizados são baseados em estimativas. Numa visão otimista, haveria 1 bilhão de civilizações na nossa galáxia que podem e querem se comunicar, enquanto que, numa visão pessimista, seria 1 caso em 100 bilhões de galáxias, portanto, estaríamos sozinhos nesta galáxia. Obviamente que é preciso considerar, neste contexto, a enorme quantidade de galáxias existentes no universo conhecido.

Frank Drake também é conhecido por ter fundado o Instituto SETI – SEARCH FOR EXTRATERRESTRIAL INTELLIGENCE (Busca por Inteligência Extraterrestre).

A busca por habitantes de outros mundos ainda está relacionada com o conceito de “vida”. Em geral se busca ainda vida de forma igual ou similar à sua expressão orgânica como no planeta Terra.

Numa visão mais ampla, baseado nos conceitos espíritas, “vida” somente é encontrada no ser espiritual, sendo sua roupagem carnal apenas uma forma de expressão no mundo material. Assim, esta forma de expressão varia enormemente, inclusive no próprio planeta Terra. Consequentemente, os espíritos podem se manifestar de forma muito diversa em outros planetas.

 

 

Referência:

1) Página da internet do Instituto SETI - http://www.seti.org/

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