
“O amor é o sentimento superior em que se fundem e se harmonizam todas as qualidades do coração humano; é uma celeste atração das almas; é uma manifestação de força que nos eleva acima da matéria bruta; é o coroamento das virtudes humanas que são de Deus. É a doçura, a caridade, a bondade, a compaixão e a renúncia, despertando nas criaturas a felicidade íntima; pois essas virtudes afastam as pessoas de todas as sensações da volúpia terrestre”.
Sir James Dim, astrofísico inglês, laureado com o prêmio Nobel da Paz por ser um dos descobridores da antimatéria, passou quase toda a sua vida como ateu, sem nenhuma religiosidade ou crença nas coisas espirituais, e se aposentou nessa mesma condição. Já idoso, em sua casa, sem exercer nenhuma atividade, começou a questionar a respeito da matéria que ele tão bem conhecia, e sobre os mistérios do Universo de Deus que ele desconhecia. Resolveu então voltar aos laboratórios de física e procurar Deus nas intrincadas equações, com as quais havia trabalhado em quase toda sua vida.
Depois de longos anos de pesquisas, ele não descobriu Deus como desejava, mas descobriu os efeitos da Lei da Solidariedade, a qual o Universo está submetido. Descobriu que os impérios estelares são solidários; as nebulosas são solidárias; os sóis são solidários; os planetas são solidários, assim o como as humanidades que habitam os planetas são solidárias. Descobriu ainda que todo esse arcabouço de seres e de coisas está ligado por ondas eletromagnéticas, interagindo entre si, e que obedecem a Leis rígidas que não podem ser adulteradas. Essas Leis Divinas, que regem à vida cósmica, estão sob um comando único e inteligente, que fatalmente seria um grande pensamento. E finalmente descobriu que esse pensamento é Deus.
Na criação divina tudo tem a sua origem comum, partindo do infinitamente pequeno para o infinitamente grande até chegar a Deus, que é o ponto de partida, e ao mesmo tempo o ponto de chegada. O Fluído Cósmico Universal, que é o hausto divino, a força do todo poderoso que é Deus, é o instrumento que dele parte, para construir a quintessência da matéria, que, mediante as combinações, modificações e transformações de que é passível pode servir de instrumento da inteligência suprema, para que, pela sua onipotência e vontade, possa operar no infinito da eternidade, com todas as criaturas espirituais, materiais e fluídicas, destinadas à vida e a harmonia universal, realizando a criação dos mundos, de todos os seres, em todos os reinos da natureza.
No início de sua caminhada terrestre, o Espírito imortal é apenas um princípio espiritual a estagiar no reino mineral, depois no vegetal e, finalmente no homem, agigantando sua estrutura eletromagnética, ostentando sempre a sua vestidura carnal mais perfeita, ao longo das reencarnações sucessivas. As idas e vindas do mundo espiritual para o físico, e do físico para o mundo espiritual, através dos nascimentos e das mortes, dão ao viajor da eternidade um acervo imenso de realizações no campo da carne e do espírito, cujo conteúdo enobrecido nunca se perde.
Essa volta para Deus pode levar milênios e milênios, porque a evolução é gradativa, homeopática, e obedece ao concurso do tempo, que deve ser aproveitado pelo espírito em todos os dias de sua vida, estabelecendo uma disciplina íntima, que o afasta dos vícios, desejos e paixões, que se vivenciados, atrasam a caminhada da iluminação, fazendo com que o espírito imortal permaneça na retaguarda da vida, onde haverá sempre dores e ranger de dentes.
A terra não é o único Planeta habitado por seres humanos, sendo, portanto certo, que já habitamos os outros Planetas, e estaremos em outros mais avançados no futuro, evoluindo sempre para frente e para cima, tendo ao nosso lado nossos irmãos de luta, começando com nossa parentela familiar, que está mais perto de nós, e quais deverão dar maior importância, pois é dentro do grupo familiar que estão nossos amores do passado e do presente, com os quais vamos construir ao longo do tempo a família espiritual, depois que conseguirmos unir de uma forma indescritível a nossa mente humana à mente divina.