O pensamento é tudo, a forma nada vale. Quando o pensamento está em alguma parte, a alma também aí está, pois que é a alma quem pensa. O pensamento é um atributo, informaram os Espíritos Superiores a Allan Kardec.
O pensamento, _ diz Emmanuel, no livro Roteiro, _ é também substância rarefeita, matéria dentro de expressões inabordáveis até agora pelas investigações terrestres.
No século XVII, René Descartes, considerado o fundador da filosofia moderna e o pai da matemática moderna, um dos grandes pensadores da humanidade, ao contestar a teoria de que as coisas existem porque precisam de existir, instituiu a dúvida, criando um método que ficou conhecido como método cartesiano, que consiste em quatro regras: verificar, analisar, sintetizar e enumerar.
Descartes, ao querer provar a existência do próprio eu, afirmou: cogito, ergo sum – penso, logo existo. A partir daí, o pensamento se tornou a prova incontestável da nossa existência – pensando, existimos. Estudando o cérebro, chegou à conclusão que ele é a ponte na qual o Espírito se comunica com o corpo.
No ano de 1850, Franz Gall funda a frenologia, fazendo medições do crânio e, em 1861, o médico francês Pierre Paul Broca estudou o paciente a quem chamou de Tan, pois era a única palavra que falava, descobrindo, após sua morte, uma lesão na porção inferior do córtex frontal esquerdo e, posteriormente, o neurologista alemão Carl Wernicke descobriu a área responsável pela linguagem na porção temporal do hemisfério cerebral esquerdo. Esses dois cientistas foram os primeiros a definir com clareza as áreas funcionais do cérebro.
O Espiritismo vai além, quando afirma, como ponto principal da doutrina , que o Espírito independe da matéria, que existe, mesmo que não existisse a vida material organizada.
No início do século XX, Felícia Scatcherd, fotografou o pensamento, num trabalho árduo, durante quarenta anos, com o nome de Escotografia (do grego, skotos = obscuro e grafein = escrever), registrado no Primeiro Congresso Internacional de Pesquisas Psíquicas, em Copenhague. Escotografia é a impressão no escuro, em oposição à fotografia tradicional, com a chapa impressionada pela luz. Seu trabalho está relatado no livro Pensamento e Vontade, de Ernesto Bozzano.
Com o cérebro mapeado, identificando as zonas onde se manifestam as emoções, com o surgimento da neurociência, a partir do ano de mil novecentos e setenta, e com a descoberta dos neurotransmissores, que são hormônios fabricados a partir dos pensamentos e enviados para todo o organismo, e também com a medicina nuclear, utilizando as máquinas modernas nas pesquisas e diagnósticos, as experiências para identificar os pensamentos continuaram, na certeza de sua importância.
Em dezembro de 2009, a revista Supernova publicou uma matéria intitulada: Computador consegue ler a mente humana, mostrando uma pesquisa feita pelos cientistas na Universidade de Berkeley com três voluntários que aceitaram deitar numa máquina de ressonância magnética. Eles ficaram olhando uma série de imagens em preto e branco enquanto seus cérebros eram monitorados na sala ao lado. A máquina decodificou e leu o pensamento deles, diz a reportagem.
Hoje, essas pesquisas já chegaram até a área de vendas, e os profissionais de marketing, contratados por grandes empresas, procuram desvendar as necessidades e desejos dos compradores, criando um nicho denominado neuromarketing.
O neuromarketing detecta pela ressonância magnética funcional e pela tomografia computadorizada as reações das pessoas selecionadas para a análise do produto, mediante às imagens apresentadas.
Não podemos ainda ver o pensamento; entretanto, todas as realizações, boas ou más, surgem da elaboração dessa energia, pela mente, que idealiza e entra em conexão imediata com os valores que busca. Numa decisão, por mais simples que seja, temos o somatório das correntes mentais que nutrimos e das que assimilamos. Como dizia o grande médium norte-americano Edgar Cayce: Nós não somos o que pensamos que somos, nem o que pensam que somos, mas o que pensamos, somos.
Nosso pensamento determina nossa realidade. O Espírito André Luiz diz que nós não pagamos e recebemos pelo que fazemos, mas sim, pelo que pensamos ao fazer o que fazemos. Por exemplo: se dirigindo meu carro, uma pedra é arremessada pelo pneu, ferindo um transeunte, não houve a intenção de ferir. Foi um acidente do qual, provavelmente, nem tomei conhecimento. Outro exemplo que bem pode continuar explicando essa assertiva é o fato de ser feito um ato nobre pensando em impressionar alguém. O pagamento já foi recebido. Massageamos nosso ego.
Henry Ford, o criador da indústria automobilística, que, segundo o pai da administração moderna, Peter Drucker, é a indústria das indústrias, dizia: Se eu pensar que posso, posso; se eu pensar que não posso, não posso. Tudo é arquitetado pelo pensamento. Nada no universo é feito sem antes ter sido pensado.
Se é assim que funciona, busquemos disciplinar o pensamento. Muitos dirão: _ Não consigo! _ O pensamento é contínuo, como controlá-lo?
O cientista Ivan Pavlov, ganhador do prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia, no ano de 1904, pelo seu trabalho, provando o reflexo condicionado _ em uma experiência com seus famosos cães _, nos faz deduzir o seguinte: que se a repetição dos atos de defesa deu ao animal o instinto de defesa, a repetição dos atos morais certamente concederá ao homem a estatura moral.
Pensemos no bem para que se estabeleça em nós uma energia positiva, a fim de entrarmos em conexão com os valores nobres da existência, ampliando, dessa forma, as correntes em direção a lei de justiça, amor e caridade, a principal de todas as leis.
Deepak Chopra, endocrinologista indiano, cientista radicado nos Estados Unidos, pesquisador da neurociência, afirma: Felicidade é ter pensamentos positivos a maior parte do tempo. Pense e seja feliz!
Muita paz!