Sempre buscamos imputar responsabilidade de atos ou ações desagradáveis nos outros, e as ações meritórias somos nós quem a praticamos.
Quando nos deparamos com uma jovem grávida, recém saída da infância costumamos imputar-lhe todo o tipo de culpa por essa ação impensada e inconsequente.
Mas nos esquecemos que no aniversário dela de cinco aninhos pedimos para que ela dançasse "creu" ou uma outra música que mataria de vergonha uma dançarina de boate a uns dez anos atras. Permitimos que nossas filhas e filhos sejam ou fação parte de bondes dos "prostitutos ou das cachorras". Somos coniventes quando em uma novela em que a personagem diz " tenho mais que aproveitar a vida enquanto estou com tudo encima. Não será o momento de levarmos os nossos jovens os meninos e as meninas a refletirem sobre essas questões? Se eles gostariam de ter filhos, e como seus filhos agissem como eles?
Lancei essa pergunta em um trabalho de evangelização com a pre-mocidade e a surpresa nas respostas. Nenhum daqueles jovens gostariam de ter filhos como eles.
E perguntei então por que vocês são assim? E eu pergunto, porque nós somos assim? De quem é a responsabilidade?
Publicado no jornal Correio Espírita- Maio de 2008 - edição 35.