"Convivi com Deolindo de 58 a 84 e posso destacar, como a grande virtude dele, sua simplicidade e clareza no trato dos mais diversos assuntos do conhecimento humano."
Autodidata, foi um dos maiores intérpretes da Doutrina Espírita e do pensamento de Kardec. Era de uma fidelidade extrema, sem ser "fundamentalista". Minha relação com ele começou no Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais, onde eu era tesoureiro e ele recebia pelo trabalho de revisão de fichas bibliográficas da Revista de Estudos Pedagógicos do INEP. Certo dia eu perguntei-lhe qual o autor francês com o qual ele tinha maior ligação, porque quando eu o lia sentia muito o estilo de Léon Denis. "É o meu autor de cabeceira", respondeu. E acho que o trabalho dele como pensador espírita estaria bem próximo daquele realizado por Léon Denis.
Mais tarde, fui participar dos estudos que Deolindo realizava no Instituto de Cultura Espírita do Brasil. Ele me confortou muito quando eu estava com uma filha com câncer. Deolindo ia pessoalmente dar passe nela, uma demonstração de afeto, de amor e de carinho. Ele sempre foi uma pessoa muito afável, humilde no trato com as pessoas. Deolindo Amorim continua me inspirando, me acompanhando, e na minha tarefa como escritor espírita tenho recebido muita ajuda dele. É impressionante sua presença em minha vida, ele foi fundamental na minha formação espírita".