Aderaldo era feitor de escravos nos idos de 1820. Impiedoso, esse negro forro castigava seus irmãos com a dureza do chicote e a crueldade da tortura. Disciplinador, usava e abusava da aproximação do poder, perseguindo seus desafetos e tomando para si as mulheres que desejava. O pequeno poder transbordava desse espírito encarnado, até o momento que a desencarnação o traz de volta a realidade, como faz com todos nós.
Passado um longo tempo na espiritualidade, aprisionado nos fantasmas de sua mente, tenta uma encarnação na Europa em família judia antes da eclosão da segunda grande guerra, mas a encarnação fracassa pela força do medo. Mais preparo, mais aprendizado, e se busca de novo o resgate frente a tudo de destrutivo que a sua trajetória deixou de herança nos outros e na sua consciência.