Perante os mais amplos transtornos na atualidade, a humanidade vem se deparando com tamanha inversão de valores e virtudes, que a fraternidade tem cedido espaço a intolerância ou ao medo. Nesta profusão de novidades e sustos, estaremos ainda atentos à caridade? Mas, afinal, o que é a caridade? Repassar itens que não nos interessam mais, ou seria dar uma esmola ou auxílio financeiro a quem precise?

No Evangelho Segundo o Espiritismo¹, encontramos no item Instruções dos Espíritos que há a caridade material e caridade moral. Primeiramente, a caridade em si, não custa nada, lançando, assim, à terra, a velha questão: “Como posso fazer a caridade, se quase sempre não tenho sequer o necessário?” A resposta cristalina está no Livro dos Espiritos², questão 886: “Qual é o verdadeiro sentido da palavra caridade como a entendia Jesus?” E temos como resposta: Benevolência com todos, ampliando a boa vontade; indulgencia com as imperfeições alheias, sendo tolerantes e o perdão das ofensas, que longe de ser o reconhecimento da inocência e a conivência é a libertação de nós mesmos. Estes valores não são monetários e sim virtuosos, dependendo, apenas, de nossos esforços.