No jardim do coração humano, onde geralmente se encontram mais espinhos do que flores, a fé religiosa quando existe se afigura uma planta tenra brotada da semente do hábito ou do medo relativo ao que acontecerá depois da morte.
Tal planta frágil mesmo recebendo o adubo de uma atenção piedosa, sincera, e com isto ativando seu crescimento natural, raramente se transforma em árvore frutífera, capaz de converter raios de sol e gotas de chuva em elementos nutritivos. Seus galhos que poderiam abrigar ninhos de pássaros, e suas folhas que deveriam ser viçosas a fim de trescalar na atmosfera suave perfume, quase sempre secam muito cedo perdendo a utilidade.