Assim como podemos pensar que a Boa Nova de Jesus, chamada de Evangelho, está toda no sermão da montanha, segundo Goethe (Gohanne Wolfang, 1749- 1832, alemão) o mais belo poema que alguém já escreveu na história da Humanidade, a filosofia espírita em nossa opinião encontra-se por inteira, na sua integralidade, em O Livro dos Espíritos, primeira obra doutrinária de Allan Kardec.

O Livro dos Médiuns e o Evangelho segundo O Espiritismo são, segundo nos parece, volumes dele auxiliares e não complementares, bem como as brochuras O Céu e o Inferno e A Gênese lhe são para nós simplesmente ilustrativas. Se estas quatro publicações não tivessem saído do prelo e vindo à lume, O Livro dos Espíritos seria suficiente para espelhar por completo a nossa filosofia, porque começa tratando da existência de DEUS e dos atributos que lhe são inerentes demostrando assim o caráter religioso do Espiritismo, e logo a seguir, na Parte Segunda, expõe o seu conteúdo científico discorrendo sobre os fenômenos mediúnicos e o mundo dos Espíritos.